domingo, 1 de julho de 2007

Vizinhos da cratera do ALCKMIN falam da vida no hotel

Moradores desalojados de áreas próximas ao buraco do Metrô estão há quase seis meses fora de casa



Vida de hotel é uma maravilha, prega o senso comum. Não é preciso arrumar a cama, geralmente fofa e espaçosa, nem preparar o café da manhã. Bufê farto, sauna, piscina... Para quem está a passeio (e de passagem), a experiência costuma ser aprazível. Agora, imagine encaixotar a casa num quarto de hotel por 167 dias.

Era essa a situação, até a última quinta-feira, de 18 famílias que somam 57 pessoas, ex-vizinhas do canteiro de obras da linha 4-amarela do metrô, que desabou em Pinheiros (zona oeste de SP) em 12 de janeiro, abrindo uma cratera. Foi o maior acidente da história do Metrô em danos materiais.

Quase seis meses após o desastre, que deixou sete mortos, os moradores desalojados ainda não voltaram para suas casas e continuam vivendo em quatro hotéis na mesma região de Pinheiros. Alguns tiveram seus imóveis interditados, outros aguardam reformas e há ainda os que esperam fechar acordos sobre as indenizações.
No dia do acidente, uma sexta-feira, 212 pessoas de 67 famílias foram transferidas para hotéis, segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da linha 4 do metrô, formado pela CBPO Engenharia (subsidiária da Odebrecht), OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

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