Moradores desalojados de áreas próximas ao buraco do Metrô estão há quase seis meses fora de casa
Vida de hotel é uma maravilha, prega o senso comum. Não é preciso arrumar a cama, geralmente fofa e espaçosa, nem preparar o café da manhã. Bufê farto, sauna, piscina... Para quem está a passeio (e de passagem), a experiência costuma ser aprazível. Agora, imagine encaixotar a casa num quarto de hotel por 167 dias.
Vida de hotel é uma maravilha, prega o senso comum. Não é preciso arrumar a cama, geralmente fofa e espaçosa, nem preparar o café da manhã. Bufê farto, sauna, piscina... Para quem está a passeio (e de passagem), a experiência costuma ser aprazível. Agora, imagine encaixotar a casa num quarto de hotel por 167 dias.
Era essa a situação, até a última quinta-feira, de 18 famílias que somam 57 pessoas, ex-vizinhas do canteiro de obras da linha 4-amarela do metrô, que desabou em Pinheiros (zona oeste de SP) em 12 de janeiro, abrindo uma cratera. Foi o maior acidente da história do Metrô em danos materiais.
Quase seis meses após o desastre, que deixou sete mortos, os moradores desalojados ainda não voltaram para suas casas e continuam vivendo em quatro hotéis na mesma região de Pinheiros. Alguns tiveram seus imóveis interditados, outros aguardam reformas e há ainda os que esperam fechar acordos sobre as indenizações.
No dia do acidente, uma sexta-feira, 212 pessoas de 67 famílias foram transferidas para hotéis, segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da linha 4 do metrô, formado pela CBPO Engenharia (subsidiária da Odebrecht), OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário