BOMBEIROS EM MINAS sentem o PROBLEMA DO SUCATEAMENTO DA CORPORAÇÃO, que não recebe a devida atenção do GOVERNADOR AÉCIO NEVES (PSDB)

Vários incêndios, de grandes proporções, atormentaram a capital mineira nessa sexta-feira.

Um inspetor de segurança que presta serviços para a loja de móveis e que não quis se identificar disse que 15 minutos depois de acionado o alarme, ele chegou ao local, e não havia nem sinal dos bombeiros.Não foi possível fazer mais nada. Na Ematex Têxtil, alguns funcionários que trabalhavam no momento tentaram retirar o material antes que tudo fosse queimado.

O incêncio destruiu o galpão da Via Expressa Móveis, na Avenida Tereza Cristina, 525, no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O fogo consumiu uma área de 2 mil metros e pôs em risco dois imóveis vizinhos: uma loja também de móveis e o depósito de uma indústria têxtil. Esse é o segundo incêndio grave na capital, em menos de uma semana. O primeiro ocorreu na quarta-feira, em uma papelaria na Avenida Santos Dumont, e levou 14 horas para ser extinto.

A falta de equipamentos fez com que o Corpo de Bombeiros dobrasse o efetivo em ação no prédio, para evitar que o fogo atingisse os imóveis vizinhos. Foram solicitadas equipes da região metropolitana - CONTAGEM - distante 20 KM do local.

Cerca de 20 bombeiros começaram a trabalhar no combate do incêndio por volta das 19h30, depois de acionados por funcionários de empresas vizinhas. Meia hora depois o efetivo dobrou, com a ajuda de outras guarnições. Os bombeiros tiveram que concentrar a ação no resfriamento das paredes do depósito da Ematex Têxtil, que fica ao lado da loja de móveis, onde estava estocada grande quantidade de tecidos.

Em pouco mais de uma hora, toda a estrutura metálica do galpão da Via Expressa Móveis foi ao chão. A situação piorou com a queda do portão central, depois de uma seqüência de explosões. Bombeiros tiveram que se afastar. Apenas dois militares permaneceram do alto do galpão da Ematex, fazendo o trabalho de resfriamento.

Com a chegada do caminhão plataforma, 2 horas depois, o combate à chamas foi retomado, com jatos de água de cima para baixo. Pelo menos quatro veículos auto-bombas eram usados nos trabalhos de resfriamento dos imóveis ao lado. O dono da Via Expressa Móveis estava em viagem para Ipatinga, mas seu irmão foi rapidamente ao local. Em estado de choque, ele não soube informar se tinha algum funcionário na loja.

Um inspetor de segurança que presta serviços para a loja de móveis e que não quis se identificar disse que 15 minutos depois de acionado o alarme, ele chegou ao local, mas não foi possível fazer mais nada. Na Ematex Têxtil, alguns funcionários que trabalhavam no momento tentaram retirar o material antes que tudo fosse queimado.

Hidrante

Enfrentando diversos problemas de ordem material ( FALTA DE EQUIPAMENTOS, MANGUEIRAS FURADAS, ETC) Até as 21h, o fogo não havia sido controlado. Os bombeiros não encontraram hidrante próximo ao local e tiveram dificuldades no combate, uma vez que o estoque de água do caminhão-bomba foi gasto rapidamente. O trânsito na Avenida Tereza Cristina, sentido bairro/Centro, foi totalmente interditado.

Esse não foi o único incêndio registrado, na última semana, na Região Centro-Sul. Na última quarta-feira, 100 bombeiros levaram mais de 14 horas para apagar o incêndio que destruiu uma loja de material escolar, suprimentos de informática e presentes na Avenida Santos Dumont, no Centro de Belo Horizonte.

O fogo começou por volta das 20h, da terça-feira, provocado provavelmente por um curto-circuito, na área do mezanino, onde havia várias caixas de mercadoria, e a grande dificuldade dos bombeiros foi o acesso à parte dos fundos, que é muito estreito. O prédio danificado faz parte do conjunto arquitetônico da avenida que já foi tombado pelo município. No local, funcionava um motel na parte de cima e vários casais foram retirados às pressas quando tudo começou. A temperatura no interior do prédio chegou a 900 graus, segundo o Corpo de Bombeiros, o que provocou rachaduras com mais de 5 centímetros de largura.