No inquérito, a Polícia Federal afirma que o incêndio não foi um ato isolado, mas uma violência e intolerância político-social contra os alunos africanos.
"Esses alunos continuarão assistindo as aulas normalmente. Durante o processo, eles poderão se defender das acusações dos supostos atos irregulares cometidos por eles. E se a universidade concluir que eles são os culpados, estes estudantes serão expulsos da universidade", afirma o procurador da Universidade, José Weber Holanda Alves. A UnB tem 60 dias para apurar as denúncias.
O incêndio
Parte do alojamento dos estudantes UnB pegou fogo no dia 28 de março. As portas dos apartamentos universitários africanos ficaram completamente destruídas. Segundo os alunos estrageiros que moram no local, o incêndio teria sido criminoso e essa não seria a primeira tentativa de agressão contra o grupo.
"Eles implicaram com a gente. Já chegaram a ameaçar. Disseram que a gente não pode ficar no alojamento, que a gente é africano e está tirando o direito dos brasileiros", afirmou o estudante de Ciências Sociais, Adilson Fernandez.
Os estudantes contaram que acordaram de madrugada com o fogo. "Nós tentamos sair pela janela do segundo piso, mas não conseguimos. Nossos amigos e vizinhos vieram e gritaram pra gente tentar abrir a porta, só que a maçaneta estava muito quente e tinha muito fogo", declarou a estudante de Sociologia, Mbalia Manfore.
O incêndio só foi controlado depois que um segurança da universidade acionou os extintores. A Polícia Federal foi chamada para investigar o caso e a Polícia Civil fez a perícia do local.
Da redação, com agências <http://www.vermelho.org.br>
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