A indenização se refere aos 90 dias, em 2005, em que a obra ficou suspensa enquanto a atual administração batia cabeça para decidir se mudava ou não o projeto.
A ponte estaiada vai ligar a avenida Roberto Marinho (ex-Águas Espraiadas, na Zona Sul) à Marginal Pinheiros. A construção foi licitada na gestão Marta Suplicy, mas no começo do mandato do então prefeito José Serra (PSDB) a prefeitura suspendeu o trabalho porque queria mudar o projeto.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo de ontem (25), o tucano, porém, desistiu de mexer na obra porque seria obrigado a pagar uma indenização à OAS, empreiteira vencedora da concorrência.
Mas por causa dos 90 dias parados, que a obrigou a desmobilizar a equipe do canteiro de serviço, a OAS entrou com um pedido de indenização no valor de R$ 4 milhões, junto à Emurb (Empresa Municipal de Urbanização).
A Emurb, segundo o jornal, aceitou pagar o prejuízo, só que pechinchou o valor para R$ 2,2 milhões.
Apesar da confusão feita no gerenciamento da obra, com prejuízo evidente aos cofres públicos da cidade, a direção da Emurb disse ao jornal que os R$ 2,2 milhões não são dinheiro jogado fora.
Túneis
Ainda na edição de ontem, o mesmo jornal revela que a prefeitura recuou e vai pagar cerca de R$ 116 milhões devidos às empreiteiras CBPO e Queiroz Galvão, responsáveis pelos dois túneis sob a avenida Faria Lima construídos na gestão Marta.
Serra e depois o prefeito Gilberto Kassab (DEM) queriam anular os contratos das obras alegando irregularidades, mas nada foi encontrado. Também queriam reescalonar a dívida, o que foi recusado pelas empresas.
Entrevistado pelo jornal, o vereador Donato (PT) disse que Serra e Kassab quiseram criar um fato político para anular os contratos, mas não conseguiram, e devem deixar a dívida para a próxima gestão.
"Dizem (Serra e Kassab) que estão saneando a prefeitura, mas eles não pagam e jogam o abacaxi para frente", afirmou o vereador.
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