terça-feira, 6 de novembro de 2007

COMEÇOU

Renan volta ao Senado mas permanece em silêncio

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou à Casa nesta segunda-feira (5) e comunicou que está reassumindo o mandato, depois de pedir uma licença médica de dez dias. Renan manteve-se em seu gabinete, sem falar à imprensa ou ocupar a tribuna.
O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou à Casa nesta segunda-feira (5) e comunicou que está reassumindo o mandato, depois de pedir uma licença médica de dez dias. Renan manteve-se em seu gabinete, sem falar à imprensa ou ocupar a tribuna.

Renan foi alvo de quatro processos por quebra do decoro parlamentar, tendo sido absolvido do primeiro em votação no plenário, enquanto os outros três correm no Conselho de Ética do Senado.

O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo onde o usineiro alagoano João Lyra acusa Renan de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação, prometeu entregar até o dia 15 o relatório. Péres, um oposicionista do PDT, deve pedir a cassação do mandato do presidente licenciado.

Antes de se licenciar do mandato, em 11 de outubro, Renan Calheiros afastou-se também provisoriamente, por 45 dias, da presidência do Senado. Os dois recuos sucessivos, desmentindo afirmações em contrário, indicam uma situação de dificuldades para o senador alagoano.

Longe do Senado, Renan obteve uma trégua na mídia mas fragilizou suas condições de continuar na presidência. O PMDB, dono da maior bancada na Casa e portanto da prerrogativa de indicar o presidente, já discute nomes para a sucessão. Comenta-se que este seria o motivo dos recentes ataques de José sarney (PMDB-AP) à Venezuela de Hugo Chávez. O ex-presidente da República buscaria dessa forma cacifar-se junto às bancadas da oposição, e também guarnecer sua retaguarda face a eventuais denúncias, tendo em vista um hipotético retorno à presidência do Senado - cargo que ocupou em 2003-2005.

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