sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Depois do incidente com o REI DA "EX" PANHA, Venezuela vai reavaliar relações, diz Chávez

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira (14) que vai revisar as relações com a Espanha de maneira "profunda". Segundo ele, o governo espanhol "se alinhou" com o "fascista" ex-premier Luis María Aznar, depois do incidente com o rei Juan Carlos de Borbón na cúpula Ibero-americana, no Chile.

"Isso significa que as empresas espanholas vão ter de começar a prestar mais contas. Vou manter os olhos abertos para ver o que estão fazendo aqui todas as empresas espanholas", disse Chávez à televisão do estado de Anzoategui (TVO). "Estou submetendo a uma profunda revisão as relações políticas, diplomáticas e econômicas com a Espanha".

"Temos agora (na Espanha) um governo que se alinha com Aznar - e esse governo Aznar apoiou um golpe aqui", acusou o presidente venezuelano. Durante um debate na cúpula Ibero-americana nesta semana, o rei Juan Carlos interrompendo o premier espanhol, Jose Luis Zapatero, e pediu para que Chávez se calasse.

À TV, Chávez detalhou sua reação: "O rei sai em defesa desse cachorro do império, desse Aznar fascista - e Zapatero rapidamente se alinhou a eles. Então eu tenho que revisar tudo isso". Não há planos, de acordo com Chávez, de "danificar" acordos bilaterais - mas, sim, a relação "com o premier (Zapatero) dessa estirpe, dessa 'madeira'", que "sai em defesa de um fascista e atropela a verdade e um rei que pretende atropelar a dignidade de um povo e difícil ter boas relações".

Chávez reiterou suas acusações contra Aznar. Segundo o presidente venezuelano, o ex-premier espanhol apoiou o golpe de Estado que retirou Chávez temporariamente do poder em abril de 2002. Chávez diz ter provas de que na Espanha foi traçado o plano para invadir a Venezuela e se perguntou: "O rei sabia disso?".

O presidente da Venezuela acrescentou que Juan Carlos "lançou uma afronta" e o desrespeitou ao apontar e dizer "Por que não se cala?" na cúpula Ibero-americana, em uma "explosão de soberania". Chávez disse que o rei teria perdido o juízo e que Juan Carlos teve sorte porque ele não o ouviu.

Depois de afirmar que concordava com Zapatero de que se deveria privilegiar a sensatez no impasse, Chávez reprovou o premier espanhol, dizendo que ele "é um insensato, não é coerente com o que diz" porque teria "desqualificado uma defesa legitima" que estava fazendo a Venezuela no debate.

"O triste é que Zapatero saiu em defesa do fascista Aznar. Diz-me com que andas e eu te direi quem és", acrescentou Chávez. Entre as empresas espanholas mais importantes na Venezuela estão a Telefônica, o Banco da Venezuela Grupo Santander e o banco Bilbao Vizcaya.

com informações da Ansa Latina

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