O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta terça-feira às críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, feitas durante a Convenção Nacional do PSDB, na última sexta-feira, sobre sua escolaridade. Em entrevista à TV Record, Lula disse que o ex-presidente tem melhor formação acadêmica, mas que ele sabe governar melhor. Afirmou ainda que os ex-presidentes devem "fechar a boca" e deixar o sucessor governar.
"Obviamente que se comparar a educação, a formação intelectual do Fernando Henrique Cardoso, ele tem muito mais educação do que eu. É verdade que ele tem mais anos de escolaridade. Mas é verdade que eu sei governar melhor do que ele", afirmou, em entrevista à TV Record.
Durante congresso do PSDB, na semana passada, FHC sugeriu, sem citar o nome de Lula, que o atual presidente despreza a educação. "Queremos brasileiros melhor educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria", disse o tucano.
"A resposta a ser dada a ele [FHC] não vai ser da minha boca. Quando terminar meu governo, em 2010, 190 milhões de brasileiros, e quem mais quiser, vão fazer uma investigação do que o governo Fernando Henrique Cardoso fez na educação e o que o meu governo fez na educação", declarou Lula.
O presidente disse ainda que, após deixar a Presidência da República, mostrará que "é possível um presidente da República, após concluir seu mando, fechar a boca e deixar o outro governar".
Sucessão em 2010
O presidente afirmou na entrevista que ainda não tem um candidato para sucedê-lo. "Quero construir uma candidatura única dos partidos aliados. Se não for possível, cada partido indica o candiadato que quiser. Eu não tenho candidato", declarou.
Transposição
Lula lamentou a greve de fome contra a transposição do rio São Francisco que o bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, anunciou ter retomado nesta terça.
"Nunca houve a quantidade de investimento que o Governo federal está fazendo para recuperar o rio São Francisco. O bispo me coloca numa situação complicada. Tenho que escolher entre ele, que está fazendo uma greve premeditada, e os 12 milhões de nordestinos no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e no Ceará que precisam da água para sobreviver", disse. "Não tenha dúvida que ficarei com os pobres desse país."
Para o presidente, o protesto do bispo é "um ato impensado". "Espero que ele reveja sua posição. Da nossa parte, a obra vai continuar."
Com informações do G1
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