quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PSDB BOM DE BICO

REINALDO AZEVEDO recomenda trechos do que ele denomina "bom" documento do PSDB

"Abaixo, selecionei alguns trechos do documento que o PSDB vai debater em seu Terceiro Congresso. Como está escrito lá, não se trata de um novo programa, mas de uma atualização do que se consideram os princípios fundamentais do partido".

"O texto é bom. Além dos aspectos destacados pelo Estadão — especialmente a defesa das privatizações e a lembrança das realizações do partido —, há alguns sinas positivos no documento".

"Traduzidos na prática, aproximariam a legenda do seu eleitorado e põem nos devidos termos a questão democrática".

POLÍTICA PARA QUEM?“Os brasileiros querem crescer, melhorar de vida, dar um futuro melhor a seus filhos. E querem fazê-lo em plena liberdade.”

INSTITUIÇÕES“No governo, o PSDB soube consolidar as instituições democráticas; na oposição, sabe zelar por elas e lutará sempre para que não se amesquinhem.”

Por Reinaldo Azevedo



MAS, José Serra NÃO LEU O DOCUMENTO:

Com três crianças, mãe não sabe para onde ir após desocupação

Veja imagens do prédio desocupado na Rua Barão de Piracicaba

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veja o histórico completo


Maria Solange dos Santos, 33 anos, com dois de seus três filhos. Na rua, ela ficou desesperada ao saber da desocupação. Agora não sabe para onde ir. (Foto: Daniel Santini/G1)

Retirada de famílias de hotel abandonado no Centro foi pacífica.

Sem assistência, moradores foram para calçada e se preparam para ficar na rua.

A desocupação de um hotel abandonado no Centro de São Paulo nesta quarta-feira (21) fez com que cerca de 230 pessoas ficassem sem teto na Rua Barão de Piracicaba, no Centro de São Paulo. A reintegração de posse foi executada pela Polícia Militar nesta manhã, após determinação da Justiça baseada em pedido dos proprietários do prédio.



"Quando soubemos da reintegração a gente ficou desesperado. Tenho três crianças e não sei para onde ir. Vou ficar na rua mesmo", lamentou Maria Solange dos Santos, de 33 anos, mãe de duas meninas, de 1 ano e dez meses e cinco anos, e de um menino, de 7. "Felizmente consegui guardar as coisas em um cortiço aqui do lado. Nestas horas, o pessoal é solidário", afirmou.



Após as famílias saírem, o prédio foi lacrado e deve ser todo fechado com cimento em suas portas e janelas. "Temos que evitar novas invasões agora que conseguimos tirar essas pessoas. Senão, não tem jeito, eles voltam", resumiu a advogada Loren Maso, representante dos proprietários. O imóvel esta em nome de Paula Medina, que, segundo seu pai, viajou no Guarujá, no litoral de São Paulo, e não pretende dar entrevistas sobre o assunto.



"O prédio deve ser reformado e vendido no futuro. Por hora, deve ficar fechado. Além dos muros e cimento, a família pode por um vigilante", explicou a advogada. Por dentro, o prédio esta bastante danificado, com rachaduras, infiltrações e paredes degradadas.


Priscila Pugnu, 18 anos, uma das moradoras que deixaram o prédio estuda e pretende ser psicóloga.

O prédio onde já funcionou um hotel estava vazio quando foi ocupado, há cerca de nove meses. Algumas das famílias são ligadas ao movimento Novo Centro, da Unificação das Lutas de Cortiço (ULC), cujos coordenadores, nesta manhã, tentavam encontrar uma solução para os desabrigados.



"Muitos receberam uma bolsa emergencial de R$ 250 em 2005, mas o dinheiro parou de vir e eles continuam sem casas", diz Rose Cerqueira,uma das coordenadoras.



Entre os moradores desabrigados há gente com as mais diversas histórias de vida. A estudante Priscila Pugnu, 18 anos, por exemplo, foi parar no hotel abandonado após morar na rua, na casa de uma senhora no Paraíso e em um abrigo de adolescentes. "Fui criada na rua até ser adotada. Depois, minha irmã começou a se envolver com drogas e a Justiça determinou que ela fosse para um abrigo. Como não pode separar irmãs eu fui junto", conta. Prestes a concluir o ensino médio, ela pretende prestar vestibular para psicologia em 2008.



Já o ex-torneiro mecânico Wilians Antonio do Nascimento, 50 anos, vivia no local com a mulher e três filhos. "Não tinha emprego nas indústrias e eu virei camelô. Agora não me deixam trabalhar, não me deixam viver. Querem que o pobre vire ladrão", diz o homem, que afirma já ter tido a mercadoria apreendida duas vezes pela Guarda Civil Metropolitana. "Não tenho como viver."

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