por GAZETA DO POVO ONLINE
A Rede Paranaense de Comunicação entrou nesta quarta-feira com uma representação no tribunal de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) pedindo a suspensão preventiva do advogado Eudes Martinho Rodrigues.
Eudes Rodrigues é advogado do ex-deputado Nilton Servo- PSB, preso em junho deste ano pela Polícia Federal. Investigações da operação Xeque-Mate da PF apontam que Servo seria o líder de uma máfia de caça-níqueis que pagava propinas a policiais. Solto em julho, Nilton Servo foi denunciado pelo Ministério Público Federal por contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica. Ele responde ao processo em liberdade.
Penas previstas
O presidente da seccional paranaense da OAB, Alberto de Paula Machado, determinou a instauração de processo disciplinar contra o advogado Eudes Martinho Rodrigues. Conforme o Estatuto da Advocacia e o Código de Ética e Disciplina da OAB, as sanções disciplinares vão da censura à exclusão, além da suspensão e multa.
Mesmo no caso de exclusão, o regulamento da profissão permite ao advogado punido, um ano após o cumprimento da pena, requerer sua "reabilitação", no caso de haver "provas efetivas de bom comportamento".
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Vídeo: Reprodução RPC TV
Veja o momento da agressão na reportagem do Paraná TV
Na última sexta-feira, o advogado agrediu um repórter cinematográfico da RPC durante uma ação da Polícia Militar que fechou um bingo clandestino no bairro Parolin, em Curitiba. No local, foram apreendidas 20 máquinas de vídeo-jogo, quatro pessoas, entre elas a vereadora Nely Almeida (PSDB) e um tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, foram flagradas fazendo apostas e três funcionários foram levados para prestar depoimento.
A RPC também está tomando medidas judiciais contra o advogado. A Rede Paranaense de Comunicação defende o direito da sociedade de ter acesso à informação e considera intolerável qualquer agressão contra profissionais da imprensa.
Vereadora volta atrás e admite que estava em bingo clandestino
por GLADSON ANGELI - GAZETA DO POVO ONLINE
A vereadora Nely Almeida (PSDB) voltou atrás e admitiu, nesta segunda-feira (22), que estava em um bingo clandestino na sexta-feira (19), quando a polícia fechou o local. Na casa, localizada na Rua Desembargador Westphale, no bairro Parolin, foram encontradas 20 máquina de vídeo-jogo.
Na sexta-feira, a vereadora negou que estivesse no local. Ela disse que teria sido confundida com sua irmã, que estava na casa. Nesta segunda-feira, porém, Nely admitiu que estava no bingo quando a polícia chegou. Ela disse que foi até o local levar alguns exames para sua irmã, que é médica, analisar. “Não deu nem dois minutos que eu cheguei a polícia chegou atrás”, explicou.
Nely afirmou que a irmã havia sido convidada para uma festa e não para jogar. Ela disse ainda que não conhece os proprietários da casa e que não sabia se tratar de um bingo clandestino. A vereadora não teria admitido que estava no local pois estaria nervosa com a situação.
Durante o fechamento da casa, um repórter cinematográfico da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), que fazia imagens do trabalho da polícia, foi agredido pelo advogado Eudes Martinho Rodrigues. Humberto Vendramel sofreu um ferimento na testa.
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