"Ele fala sobre economia, o crescimento do Brasil, perspectivas no momento extraordinário que o Brasil está vivendo. Vai ser um pronunciamento dividindo a alegria que tem tido com desempenho do país com os brasileiros. Vai ser um presente de Natal para os brasileiros, as notícias são alvissareiras e apontam para um ano bom", avaliou o ministro José Múcio (Relações Institucionais).
O ministro disse que Lula não vai mencionar, durante o pronunciamento, a derrota do governo com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Também não pretende falar sobre a possibilidade do aumento de impostos no país para compensar o fim da contribuição.
"Época de Natal não é para se falar em imposto. Se fala dos ganhos da economia no cenário mundial, fortalecimento da classe média. É pronunciamento de final de ano", afirmou.
Balanço
Lula discutiu com os ministros, hoje pela manhã, alternativas para compensar as perdas estimadas em R$ 40 bilhões com o fim da CPMF. Múcio evitou adiantar detalhes sobre as medidas em estudo pelo governo, mas ressaltou que o Palácio do Planalto vai encontrar alternativas capazes de evitar perdas --especialmente na área da saúde.
"Há um dano no Orçamento da saúde. A Câmara aprovou a emenda 29 [que distribui recursos para a saúde], mas com o fim da CPMF, ficou sem fonte. O governo vai promover gastos onde for possível. Já que o Orçamento ficou para o final de fevereiro, dá tempo e campo para que possamos trabalhar. Por isso ficamos com as nossas preocupações mais amainadas."
O ministro garantiu que o clima na reunião foi de "tranqüilidade", mesmo após a derrota do governo na CPMF. "É um assunto vencido e respeitado. Agora, o trabalho [dos cortes] é necessário e será feito. Esse dinheiro não estava sobrando. Como faltou, os homens responsáveis vão dar sua contribuição", disse Múcio.
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