HÉLIO FERNANDES
Quem diria, Dirceu acabou lobista e milionário
Um membro importante do PT-PT gaúcho me diz: "Helio, não vamos processar José Dirceu nem pedir sua expulsão". E ele mesmo explica as razões.
1 - "Por que processar se ele política e eleitoralmente não representa mais nada?".
2 - "Expulsá-lo seria retirá-lo do ostracismo milionário e esbanjador que é a sua predileção". Foi ainda mais duro com o ex-chefe da Casa Civil, mas pediu que mantivesse sigilo sobre seu nome.
Já um personagem do PT-PT do Rio (que tem todos os motivos para não gostar de Dirceu, que arruinou sua carreira no auge) diz num grupo: "Não queremos processar Dirceu, ele não vale a iniciativa".
Uma deputada estadual de SP, ligadíssima à Dona Marta (não devia falar em nome dela), diz com uma certa originalidade, embora não seja importante publicar: "Nem processo nem expulsão. Queremos exame psiquiátrico para ele".
Dirceu se atemorizou, que verbo, e fez como fazem todos, desmentiu, jogou a culpa em cima da revista "Piauí", usando as palavras de sempre: "Fui mal interpretado, o que eu disse foi deturpado".
Por aí, não dá, Dirceu. Falou, está falado. Disse, quis dizer, assuma, é do jogo político e eleitoral, embora você esteja fora dos dois. Por que a revista "Piauí" iria deturpar o que você disse, se a grande atração da reportagem era você?
Foi o primeiro destaque da revista, que saiu do anonimato e esconderijo para ganhar, em 24 horas, uma repercussão que não teve desde que surgiu. E olhe que a revista está no número 16. No caso, nenhuma restrição à "Piauí". (Só nesse caso). Com o nome espalhado por rádios, jornais, televisões, é possível até que venda mais do que os habituais 20 por cento da tiragem.
Em vez de desmentir, Dirceu devia fazer análise. Da entrevista, do comportamento depois da cassação, e o ódio e até repulsa que hoje o PT-PT sente por ele. Isso acontece com quem, como ele, acumulou muitos Poderes e tratou a todos com desprezo e arrogância. Dirceu deve se lembrar do depoimento na Câmara, quando alguém disse que ele era arrogante. A pergunta de Dirceu, "arrogante, eu?", provocou a maior gargalhada daqueles tempos. E Dirceu não entendeu nada.
Dois fatos, apenas dois, que mostram a distância do Dirceu de hoje do Dirceu de antes e durante o primeiro governo Lula. E que representantes (até credenciados) do partido trouxeram à discussão. Mostrando que ele está submerso para sempre.
1 - O estilo de vida milionário de Dirceu, gastando voluptuosamente. Pode e deve ter receio da Receita Federal. Quem financia tudo isso? Até Eike Batista diz que "Dirceu foi demitido, não obteve nada na Bolívia". E a revista "Piauí", para acompanhar Dirceu, teve que segui-lo em Portugal, República Dominicana, Espanha, por aí. Para a revista, nada demais. E para Dirceu?
2 - Personagens das guerrilhas e dos movimentos de resistência colocam em dúvida até mesmo a participação de Dirceu nesses episódios históricos. Dirceu tem que se questionar: por que a entrevista? Para não ficar mais longa (Dirceu se autodestruiu), vejamos os dois pontos mais baixos do que disse.
O ataque sórdido a Heloisa Helena, contando um "fato" que se falava nos bastidores sem nenhuma confirmação. E que credibilidade pode ter um homem que fez operação plástica e não contou nem à mulher?
Gozou e se divertiu com o Lulinha, filho do presidente, tentou comprometer e envolver o próprio presidente. Apanhado em flagrante, desmentiu: "Não me referi ao filho do presidente e sim a um assessor do presidente da Câmara, também Lula".
PS - Mau caráter, até compreensível. Burrice, não, Dirceu.
(Para a "Piauí", o número 16, que maravilha viver. O 15 foi o recorde do encalhe, ainda está nas bancas junto com o 16. Chegaram a pensar em trocar de nome. Passaria a se chamar "Pombo Correio", a revista que vai, mas volta).
Quem diria, Dirceu acabou lobista e milionário
Um membro importante do PT-PT gaúcho me diz: "Helio, não vamos processar José Dirceu nem pedir sua expulsão". E ele mesmo explica as razões.
1 - "Por que processar se ele política e eleitoralmente não representa mais nada?".
2 - "Expulsá-lo seria retirá-lo do ostracismo milionário e esbanjador que é a sua predileção". Foi ainda mais duro com o ex-chefe da Casa Civil, mas pediu que mantivesse sigilo sobre seu nome.
Já um personagem do PT-PT do Rio (que tem todos os motivos para não gostar de Dirceu, que arruinou sua carreira no auge) diz num grupo: "Não queremos processar Dirceu, ele não vale a iniciativa".
Uma deputada estadual de SP, ligadíssima à Dona Marta (não devia falar em nome dela), diz com uma certa originalidade, embora não seja importante publicar: "Nem processo nem expulsão. Queremos exame psiquiátrico para ele".
Dirceu se atemorizou, que verbo, e fez como fazem todos, desmentiu, jogou a culpa em cima da revista "Piauí", usando as palavras de sempre: "Fui mal interpretado, o que eu disse foi deturpado".
Por aí, não dá, Dirceu. Falou, está falado. Disse, quis dizer, assuma, é do jogo político e eleitoral, embora você esteja fora dos dois. Por que a revista "Piauí" iria deturpar o que você disse, se a grande atração da reportagem era você?
Foi o primeiro destaque da revista, que saiu do anonimato e esconderijo para ganhar, em 24 horas, uma repercussão que não teve desde que surgiu. E olhe que a revista está no número 16. No caso, nenhuma restrição à "Piauí". (Só nesse caso). Com o nome espalhado por rádios, jornais, televisões, é possível até que venda mais do que os habituais 20 por cento da tiragem.
Em vez de desmentir, Dirceu devia fazer análise. Da entrevista, do comportamento depois da cassação, e o ódio e até repulsa que hoje o PT-PT sente por ele. Isso acontece com quem, como ele, acumulou muitos Poderes e tratou a todos com desprezo e arrogância. Dirceu deve se lembrar do depoimento na Câmara, quando alguém disse que ele era arrogante. A pergunta de Dirceu, "arrogante, eu?", provocou a maior gargalhada daqueles tempos. E Dirceu não entendeu nada.
Dois fatos, apenas dois, que mostram a distância do Dirceu de hoje do Dirceu de antes e durante o primeiro governo Lula. E que representantes (até credenciados) do partido trouxeram à discussão. Mostrando que ele está submerso para sempre.
1 - O estilo de vida milionário de Dirceu, gastando voluptuosamente. Pode e deve ter receio da Receita Federal. Quem financia tudo isso? Até Eike Batista diz que "Dirceu foi demitido, não obteve nada na Bolívia". E a revista "Piauí", para acompanhar Dirceu, teve que segui-lo em Portugal, República Dominicana, Espanha, por aí. Para a revista, nada demais. E para Dirceu?
2 - Personagens das guerrilhas e dos movimentos de resistência colocam em dúvida até mesmo a participação de Dirceu nesses episódios históricos. Dirceu tem que se questionar: por que a entrevista? Para não ficar mais longa (Dirceu se autodestruiu), vejamos os dois pontos mais baixos do que disse.
O ataque sórdido a Heloisa Helena, contando um "fato" que se falava nos bastidores sem nenhuma confirmação. E que credibilidade pode ter um homem que fez operação plástica e não contou nem à mulher?
Gozou e se divertiu com o Lulinha, filho do presidente, tentou comprometer e envolver o próprio presidente. Apanhado em flagrante, desmentiu: "Não me referi ao filho do presidente e sim a um assessor do presidente da Câmara, também Lula".
PS - Mau caráter, até compreensível. Burrice, não, Dirceu.
(Para a "Piauí", o número 16, que maravilha viver. O 15 foi o recorde do encalhe, ainda está nas bancas junto com o 16. Chegaram a pensar em trocar de nome. Passaria a se chamar "Pombo Correio", a revista que vai, mas volta).
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