Apesar do esforço tucano para abortar várias CPIs - como as do CDHU, Febem e Rodoanel - novos casos sinistros vêem a tona. Cresce a suspeita de que o governo abafou a investigação sobre a cratera do Metrô devido aos "recursos não contabilizados" (o famoso caixa-2) doados por empreiteiras aos candidatos do PSDB.
Políticos ligados a José Serra também são alvos de novas denúncias. O vice-governador Alberto Goldman, metido a paladino da ética, foi citado pelo Ministério Público na apuração sobre favorecimento irregular ao Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente. Esta organização não-governamental (ONG) foi criada por notórios tucanos - como o próprio vice-governador e o ex-secretário municipal de transportes Frederico Bussinger. A sua esposa dirige a entidade, que recebeu cerca de R$ 5 milhões dos cofres públicos nos últimos seis anos, e é acusado de superfaturamento e licitações fajutas.
Outra denúncia atinge o deputado Celino Cardoso, homem de confiança de José Serra. Há cerca de três anos o parlamentar tucano explora irregularmente áreas da Sabesp em Mairiporã para auferir lucros com o seu hotel Refúgio Cheiro de Mato, que cobra diárias de R$ 500. Os fiscais da empresa denunciaram que a cessão gratuita do terreno, que soma 40 mil metros quadrados em plena Mata Atlântica e numa área de preservação, causou danos ambientais, com a retirada de vegetação, a instalação de plataforma flutuante e rampas para barcos e a criação de uma praia artificial. O ex-governador Alckmin chegou a participar da inauguração do resort, no final de 2003. Diante das graves denúncias, Serra se finge de surdo e mudo, a mídia faz pouco alarde e os ricos empresários e "madames enfadonhas" do golpista "Cansei" não chiam.
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