quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

José Serra, numa tentativa desesperada de "tirar o c(.´.) da reta, lança a suspeita de que o incêndio no Hc FOI criminoso

ONDE COMEÇOU


O 6º andar do Hospital das Clínicas de São Paulo teve um começo de incêndio na manhã de ontem logo controlado pela própria brigada de combate ao fogo da unidade. O governador de São Paulo, José Serra, informou, lançando a suspeita, que o fogo foi provocado. Segundo ele, essa hipótese não havia sido descartada na ocasião do incidente anterior, ocorrido no dia 24 de dezembro de 2007, mas no episódio de ontem essa tese é ainda mais forte. "Esse incêndio de hoje (ontem) foi numa sala fechada, sem elementos de combustão. Inclusive existe a hipótese, que vai ser investigada, de que foi provocado", disse.

Serra ressaltou que as obras para a recuperação e manutenção da rede elétrica do hospital foram iniciadas ontem e que o ano de 2007 foi o primeiro de muitos em que o orçamento do hospital para esse tipo de obra não foi contingenciado (retido). Ele mostrou alívio com o fato de que o incêndio não teve vítimas. "Não teve conseqüência nenhuma. Agora, que foi esquisito, foi", afirmou o governador.

SINDICATO

O Sindicato dos Funcionários e Servidores do Hospital das Clínicas sugeriu a interdição do Prédio dos Ambulatórios HC até que uma perícia completa do edifício seja realizada para evitar novos incidentes.

Serra ironizou:


"O sindicato lá é petista e torce contra. Não dá para levar a sério. Eles estão lá na base da provocação para procurar enfraquecer a diretoria do hospital". E continuou: "Isso é provocação petista".

Interdição

O promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo, José Carlos de Freitas, disse que pedirá a interdição parcial ou total do prédio dos ambulatórios do Hospital das Clínicas. Segundo ele, o Ministério Público de São Paulo vai enviar um ofício ao Corpo de Bombeiros e ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pedindo que seja feita uma vistoria conjunta no local para averiguar as condições dos sistemas de segurança, instalações elétricas, portas corta-fogo. Se ficar constatado que a situação não oferece segurança para pacientes e funcionários, o promotor disse que, mesmo prejudicando milhares de pessoas que diariamente procuram atendimento nos ambulatórios, encaminhará pedido de interdição parcial ou de todo o complexo à Justiça.

Empurrando com a BARRIGA: SEM SISTEMA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E SEM VISTORIA DOS BOMBEIROS


Desde 2005, o Ministério Público investiga as condições de segurança no HC. De acordo com o promotor, já foram detectados diversos problemas com o sistema de prevenção e combate a incêndios no prédio dos ambulatórios. Além disso, o complexo não tem documento de vistoria dos bombeiros. "Não existe, por exemplo, um sistema completo de prevenção e combate a incêndios. Não há um auto de aprovação dos bombeiros em relação aos sistema anti-incêndio. Não existe preocupação com o funcionamento das portas corta-fogo e com o sistema de iluminação de emergência. Em 2006 e 2007, pedimos aos bombeiros para que indicassem alguns setores do complexo do HC, que pudessem estar em risco iminente, e que deveriam ser interditados por decisão judicial. Mas o Corpo de Bombeiros deu uma resposta muito genérica", diz o promotor.


SEM LICITAÇÃO

Ele informou que pediu à superintendência do HC que providenciasse obras que aumentassem a segurança contra incêndios no prédio, mas foi informado que para isso seria necessário fazer licitações. Em 2006, o HC pediu 10 meses de prazo. O ano de 2007 passou, mas até agora nada foi feito.

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