domingo, 6 de janeiro de 2008

O JEITO TUCANO DE GOVERNAR O RS: YEDA CRUCIUS (PSDB)


Tucana se tornou alvo no RS da classe média, do funcionalismo e do Judiciário


Em seu primeiro ano como governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) se confrontou com o Judiciário, ao tentar limitar seus gastos; com o funcionalismo, ao atrasar parte dos salários; com a classe média e os empresários, ao propor aumento de impostos; e com a oposição, que reclamou de falta de diálogo.


Segundo o Datafolha, apenas 16% dos gaúchos aprovam (ótimo/bom) sua gestão. Na outra ponta, o índice de reprovação (ruim/péssimo) chega a 46%.

Logo ao assumir o cargo, a tucana anunciou que seu objetivo prioritário era melhorar a situação financeira do Estado com a redução do "déficit estrutural". A governadora suspendeu investimentos, não concedeu reajustes, recorrendo a dinheiro de um fundo de previdência para pagar o 13º salário dos servidores.

O governo também obteve empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco Mundial, dinheiro que só poderá ser usado na reestruturação da dívida com a União.


Ao receber o governador José Serra (PSDB-SP) em Porto Alegre, Yeda afirmou que nunca achou que administrar o Rio Grande do Sul fosse tarefa fácil.

"Em quatro anos, quero fazer parte do seleto clube dos governadores que deu conserto às finanças estaduais", afirmou.


O otimismo do discurso de Yeda contrasta com a opinião do funcionalismo e da oposição. O líder do PT na Assembléia, deputado Raul Pont, afirmou que a tucana preferiu o confronto em vez do diálogo. "Ela adotou uma postura olímpica, majestática, colocando-se acima das coisas. O princípio básico de uma guerra é não abrir fogo contra todos, mas ela criou um leque de enfrentamento", afirmou Pont.

Para o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos, Sérgio Arnoud, a gestão de Yeda está sendo um "drama". "Todas as medidas nos causam apreensão. Passamos a lutar por um direito básico que é receber o salário em dia."


Da folha

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