DEM em apuros: OAB quer investigar deputados de Alagoas
O Movimento Social contra a Criminalidade em Alagoas (MSCC), que reúne 50 sindicatos, além da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL) protocolou hoje (21) à tarde, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, do Recife, um pedido de afastamento da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado.
Dez parlamentares são acusados de integrar um esquema de desvio de R$ 200 milhões da folha de pagamento, entre 2001 e 2007, segundo a Polícia Federal, chefiado pelo presidente da Assembléia, Antônio Albuquerque (DEM), que nega a acusação. O desvio foi descoberto na Operação Taturana, que estourou a fraude em dezembro e, de acordo com a PF, o dinheiro foi "lavado" em jóias, carros de luxo, mansões e um trio elétrico.
De acordo com o movimento, o afastamento dos parlamentares deve existir para "não se interferir nas investigações", diz o documento. O presidente da assembléia propôs auditoria na folha de pagamento, mas a varredura será realizada pelo próprio legislativo estadual, com apoio da OAB.
"Somos contra essa auditoria, porque todos os documentos já estão com a Polícia Federal. O que temos que fazer agora é cumprir a lei e cobrar a punição dos culpados", afirmou Cícero Loureço, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev), um dos sindicatos integrantes do movimento.
"Nós protocolamos e não sabemos do tempo. A gente acredita que eles podem aceitar porque é um pedido da sociedade, porque Alagoas tem de ser passada a limpo. Aguardamos celeridade. Acreditamos nas instituições", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais, Jorge Venerando. O documento foi encaminhado ao Recife porque o Tribunal Regional Federal é considerada a instância maior do Nordeste e que decide sobre acusados com foro privilegiado.
Fonte: Redação Terra
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