sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A VIRADA

Por muito anos o Brasil conserva um hábito muito cultivado, desde os tempos da colonização, que é o preconceito de classes.
Nos últimos dois pleitos para Presidente da república isso ficou mais evidente, sobretudo em relação aos Nordestinos, que compuseram (com muito orgulho) a massa de votos que elegeram LULA DA SILVA.
Do lado dos perdedores, não haveria espaço para tanta indignação, visto que, em vez de procurar defeitos nos candidatos que enfrentaram LULA, preferiram o caminho inverso, que é desqualificar o CANDIDATO e escolhendo como alvo de toda sorte de preconceito, nossos QUERIDOS IRMÃOS NORDESTINOS!!
É comum, esses que perpetuam esse hábito danoso, se referirem à NÓS, eleitores de LULA, como "gente sem cultura", "pobres dos grotões", "desvalidos do bolsa-família", etc, etc.
Só que eles não tem base científica nenhuma para sustentar essa afirmação. E, mais uma vez, dão com os burros nágua. Como se já não bastassem os seus candidatos...


Uma pesquisa, encomendada pelo VOX POPULI/CARTACAPITAL/TV Bandeirantes, mostra que "Cresce a aprovação ao governo e ao presidente entre os de maior renda e os mais escolarizados".

Lula flerta com as elites
por Maurício Dias



Desde a posse em janeiro, o apoio aumentou

©Ricardo Stuckert/PR


Apesar das recentes derrotas políticas no Congresso, a pesquisa VoxPopuli/CartaCapital/TV Bandeirantes mostra que o presidente Lula fecha 2007, o primeiro ano do segundo mandato, com apoio expressivo de Norte a Sul e de Leste a Oeste do País. Os números sorriem tanto para a atuação do governo, que alcança a aprovação de 60% da população, quanto para o desempenho pessoal do presidente, que, na soma das avaliações favoráveis – “ótimo”, “bom” e “regular positivo” –, rompe a barreira dos 70% de adesão.

Até aí não há nada exatamente novo. A novidade que começa a se consolidar é a da existência de uma lenta e gradual aproximação entre aqueles brasileiros com renda familiar acima de dez salários mínimos, genericamente identificados como os “mais ricos”, e o operário que virou presidente. Os brasileiros que estão no topo da pirâmide social ensaiam um movimento político tímido em direção ao comportamento da base, onde Lula tem sólida maioria. Em outras palavras, parte da elite brasileira flerta de novo com o presidente.

A aprovação (47%) do governo Lula ainda é menor do que a desaprovação (50%) entre a população mais rica. Uma diferença de três pontos porcentuais que fica quase dentro na margem de erro da pesquisa, calculada em 2,2%. A aprovação reaproximou-se dos 48% do começo do ano. Em julho, o fosso aumentou: 51% dos mais ricos desaprovavam contra 42% que aprovavam. Essa distância marca, nos tempos mais recentes, o maior distanciamento entre essa parcela da população e Lula.

Por que julho? As férias e a frustração de um inverno que não veio teriam acirrado os ânimos da classe média e dos ricos contra o governo?




*Confira a íntegra desta reportagem na edição impressa

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