sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O DESABAFO DE LULA

'Tem um grupo de políticos no País, que governou este País desde que Cabral aqui pôs os pés, e que fez com que o País não desse certo durante séculos. Agora, estão muito incomodados porque um igual a vocês, saído do sertão nordestino, lá do agreste de Garanhuns, torneiro mecânico, chega à Presidência da República, e consegue fazer aquilo que eles teimaram em não fazer a vida inteira neste País, que é cuidar do povo mais pobre", disse o presidente.

Lula referia-se à ação de PSDB e DEM, que entraram na Justiça contra o programa Territórios da Cidadania, que o presidente lançou localmente nesta quinta-feira (28) em Quixadá, no Ceará.

Lula classificou o Territórios da Cidadania de "inovação extraordinária" e refutou a argumentação da oposição de que teria caráter eleitoreiro. A oposição questiona a criação do programa por decreto e uma possível ilegalidade do seu lançamento em ano eleitoral. Em outubro, haverá eleições municipais em todo o país.

"Primeiro, não tem eleição para presidente da República, só em 2010. Eu não poderia estar fazendo campanha", disse Lula, acrescentando que também não tem eleição para governador. "As políticas públicas são do governo federal em parceria com os governos estaduais."
O presidente reafirmou que sua prioridade é com os setores mais pobres da população e que continuará fazendo políticas que os beneficiem.

"Durante muito tempo reinou no Brasil a idéia de alguns partidos políticos que entendiam que não era importante cuidar dos pobres, porque aí os pobres serviam de massa de manobra na mão deles. Eu quero que no meu governo os pobres tenham vez, tenham voz", afirmou.

No discurso de lançamento do programa, no início da semana, Lula já dissera que os 120 Territórios da Cidadania que serão criados servirão "para possibilitar àqueles que não tinham vez começarem a ter, começarem a falar, começarem a gritar e começarem a reivindicar, porque se a gente não fica esperto, os mesmos de sempre continuam a ter acesso ao dinheiro do governo."

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