A bancada do PT está unida na indicação do nome do ex-ministro da Fazenda e deputado Antônio Palocci (PT-SP) como relator da reforma tributária na comissão especial que será formada na Câmara. A decisão foi comunicada ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem a bancada reuniu-se por quase quatro horas para discutir a reforma tributária, nesta terça-feira (18). O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, participaram de uma parte de reunião.
Segundo o líder do PT, Maurício Rands (PE), "a experiência de Palocci como ex-ministro o credencia para tratar da reforma tributária, que exigirá interlocução com diferentes setores da sociedade brasileira". Para Rands, a definição do nome do relator será nos próximos dias, a partir de amplo entendimento entre os partidos que integram a base aliada.
O líder do PT voltou a declarar que a bancada vai apresentar uma emenda para incluir um imposto sobre grandes fortunas na reforma tributária. O estudo ainda está sendo feito, mas até agora há duas propostas centrais para utilizar o dinheiro que viria deste tipo de arrecadação: dividir com estados e municípios ou atrelar o dinheiro a projetos de saneamento e habitação popular.
Segundo ele, ainda não se definiu qual valor será considerado grande fortuna, nem qual o percentual que será taxado. "A proposta é para equilibrar a riqueza dos mais ricos com os mais pobres", disse Rands. "É muito forte a discussão dentro da bancada no sentido de apresentar emendas para que o Congresso Nacional avalie a possibilidade de introdução de um imposto sobre grandes fortunas", afirmou.
Quanto à proposta de reforma tributária que o ministro Guido Mantega entregou ao presidente Arlindo Chinaglia, Rands assinalou que se trata de um avanço importante para o Brasil. Segundo ele, a proposta racionaliza o sistema tributário, diminui a informalidade e desburocratiza o cumprimento das obrigações tributárias e põe fim à guerra fiscal instalada no país.
"A reforma aponta para a redução da carga tributária e para um maior compartilhamento das receitas da União com os estados e os municípios", afirmou.
Fonte: Informes PT
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