Nenhum grupo apresentou garantias para o leilão de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que estava marcado para esta quarta-feira (26), segundo informaram fontes ligadas à operação. Para participar do leilão, as companhias tinham até as 12 horas desta terça-feira para apresentar suas garantias na Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Esta seria a terceira tentativa de venda da empresa.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), atribuiu o fracasso a dificuldades de financiamento dos participantes, às incertezas quanto à renovação da concessão das usinas hidrelétricas e ao preço considerado alto. "O preço foi o que o estado considerou justo para vender a Cesp", disse.
Até esta segunda-feira, os participantes ainda estudavam formar um consórcio único para participar do leilão. Nem os rumores de que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderia financiar metade da aquisição animaram o mercado ou motivaram os interessados. O banco não se pronunciou sobre a possibilidade de financiar a aquisição.
Pelas regras atuais de financiamento do BNDES, a instituição apenas abre linhas para financiar novas usinas que agreguem mais energia ao sistema brasileiro. Se participar da privatização da Cesp, o BNDES estaria financiando apenas a troca de controle da empresa.
Apesar disso, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo havia confirmado a realização do leilão e atribuiu os rumores de fracasso a uma estratégia para pagar o menor valor possível pela geradora paulista.
A compra da Cesp é um negócio de R$ 22 bilhões, incluindo R$ 6,6 bilhões pagos ao Estado, dívida de R$ 6 bilhões e oferta aos minoritários.
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