Contrariado com a notícia sobre o inquérito da Polícia Federal, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), acusou Dilma de estar usando a Polícia Federal para tentar esconder o "fato principal". "Vai-se atrás de tentar desvirtuar o fato relevante, que é o crime que ela (Dilma) cometeu", reclamou.
O deputado considerou ruim verificar que a PF vai gastar tempo para investigar quem vazou o suposto dossiê "com tantos problemas e questões no País para se dedicar". Maia só não explicou porque então a oposição elegeu o "dossiê" como principal assunto a ser discutido no Congresso. Será que a oposição também não tem "problemas e questões" mais relevantes para se dedicar?
O presidente do DEM sugeriu que, com a investigação da PF, está se usando órgãos do Estado para tentar proteger a elaboração de um dossiê feito para intimidar a oposição.
Além de reclamar da investigação, Maia também se mostrou frustrado com o fato da oposição não ter conseguido seu objetivo, que é o de forçar a saída da ministra Dilma do governo. "A situação da ministra continua insustentável e, assim como Palocci (o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci), ela vai acabar tendo de deixar o governo", apostou Maia.
O líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), foi na mesma linha de Maia. ACM Neto afirmou que a decisão da Polícia Federal significa o uso da máquina pública para atender fins políticos do PT. "É um absurdo e uma falta de bom senso pensar que o vazamento é mais importante do que a elaboração do dossiê", afirmou.
ACM Neto disse que em primeiro lugar deveria ser investigado quem produziu o dossiê. "A Polícia Federal pode até investigar o vazamento, desde que isso aconteça depois de investigar a elaboração do dossiê, que é onde houve crime. O crime que está caracterizado foi na elaboração do dossiê", afirmou ACM Neto. "Isso mostra que o governo não tem escrúpulos, nem limite, na utilização do poder do Estado. É mais uma tentativa de intimidar a oposição", protestou.
O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), também deixou transparecer o medo do que pode ser revelado a partir do inquérito aberto pela PF. Segundo ele, a investigação é "uma farsa". Ele também repetiu o discurso oposicionista de que a informação que interessa é "quem fez o dossiê. "O governo está preocupado em saber quem viu o assassinato e não quem assassinou", tentou argumentar o líder tucano. "O que é fato, é fato. Queremos investigar os cartões presidenciais e inclusive quem vazou. Mas, sobretudo, quem fez o dossiê. Investigar apenas o vazamento não satisfaz a nenhum analista de bom senso", completou.
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