Existe uma grossa falcatrua no Detran-RS, envolvendo a Fundação para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae), que elaborava e aplicava os exames para a emissão das carteiras de motorista no estado.
Uma CPI foi instalada na Assembléia Legislativa.
Pois, no mesmo dia em que a governadora Yeda Crusius rompeu o contrato com a tal Fundae, o secretário de Planejamento do estado, Ariosto Culau, não encontrou nada melhor para fazer do que tomar chope, à noite, na praça de alimentação do Shopping Total, com empresário Lair Ferst, um dos principais suspeitos de operar a fraude que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran. Ferst foi apanhado pela Operação Rodin da Polícia Federal.
Uma CPI foi instalada na Assembléia Legislativa.
Pois, no mesmo dia em que a governadora Yeda Crusius rompeu o contrato com a tal Fundae, o secretário de Planejamento do estado, Ariosto Culau, não encontrou nada melhor para fazer do que tomar chope, à noite, na praça de alimentação do Shopping Total, com empresário Lair Ferst, um dos principais suspeitos de operar a fraude que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran. Ferst foi apanhado pela Operação Rodin da Polícia Federal.
Flagrados pelo jornal Zero Hora, os dois tentaram disfarçar. Alegaram que são amigos e companheiros de partido (PSDB). Mas o estrago estava feito.
Yeda se recusa a demitir o secretário Ariosto. Segundo declarações da governadora, “Ariosto é um dos mais qualificados quadros do governo e é um homem íntegro e probo.” E declarou que Lair Ferst é um homem livre e o encontro do secretário foi com “um companheiro de partido”.
Tudo bem até aqui? Então, vamos em frente, porque tem mais.
Outros secretários tucanos são da opinião de que Ariosto deve demitir-se, para não criar constrangimentos para a governadora.
Mas Yeda decidiu prestigiar Ariosto e o manteve em sua companhia em eventos oficiais na sexta-feira.
Enquanto isso, na CPI do Detran na Assembléia Legislativa, a bancada tucana se sentiu traída com o encontro entre o secretário Ariosto Culau e o empresário (e também lobista?) Lair Ferst.
Suas Excelências, membros da CPI, ficaram indignados com a divulgação do encontro pela Rádio Gaúcha. A oposição ( PT) já queria convocar Ariosto Culau para depor na CPI.
Em seguida, a presidência da CPI solicitou todas as imagens captadas por câmeras de segurança nas dependências do Shopping Total, em Porto Alegre.
Mas a bomba mais mortífera sobre Yeda Crusius ainda estava por ser lançada.
Na mesma sessão extraordinária da CPI, o delegado Luiz Fernando Tubino, ex-chefe da Polícia Civil gaúcha, afirmou que Lair Ferst teria dado R$ 400 mil para ajudar a governadora Yeda Crusius a comprar uma casa no bairro Vila Jardim.
Segundo o delegado, a Operação Rodin, da PF, teria identificado o cheque.
Lair Ferst foi um dos coordenadores da campanha vitoriosa de Yeda Crusius ao governo do estado em 2006. Segundo tucanos gaúchos, era responsável pela agenda da candidatura, inclusive por encontros com empresários.
Ariosto Culau entregou, ontem à noite, sua carta de demissão. A governadora aceitou.
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