Advogado, voltou a atuar na vida privada como conselheiro de empresas e decidiu residir em São Paulo.
O senhor deixou os cargos políticos mas nunca deixou o poder. Como isso acontece?
Jorge Konder Bornhausen - O estatuto do meu partido, o Democratas, estabelece que o ex-presidente do partido tenha um lugar permanente na Comissão Executiva Nacional e no Conselho Político, que é o órgão que decide a questão das eleições presidenciais. Como faço parte desses dois órgãos, de vez em quando sou chamado para dar opinião. O que faço com todo o prazer. O partido recebeu uma nova direção, de jovens. Fizemos no momento certo a mudança.
Os governistas atribuem ao senhor as articulações da oposição. Como se sente?
Bornhausen - Acho que a vida pública obriga o político que tem espírito público (ESPÍRITO DE PORCO?)e seriedade a ter consciência de que a popularidade é uma gangorra e que há momentos em que sobe e momentos em que desce. Mas a credibilidade é uma só. E ela, se perdida, não será jamais recuperada.
Qual a sua avaliação sobre o dossiê montado contra Fernando Henrique Cardoso?
Bornhausen - A verdade é que o governo foi moldado à imagem e semelhança do seu chefe e a certas regras tradicionais do sindicalismo: não importa o meio, o que resolve é o fim. E estas regras certamente foram passadas para os integrantes mais próximos. O dossiê é simples, é o resultado da aplicação dessas regras, não importa os meios, o que importa é o fim. Qual era o fim? Matar as investigações ao atual governo e procurar incriminar o governo anterior. Se deram mal, deixaram digitais.
O presidente Lula preocupa-se demais com o governo anterior?
Bornhausen - Ele não se preocupa com o governo anterior. Preocupa-se que não apareça o que está acontecendo com o seu governo, que é recheado de desmandos, de corrupção, de incompetência e isso tudo eles querem desviar para o sistema do sindicato, da direção sindical.
A questão (terceiro mandato) ganhará corpo?
Bornhausen - Entendo que haverá resistência não só dos partidos da oposição, mas da imprensa livre e do Poder Judiciário. Então não é fácil essa tarefa. É uma tarefa que o presidente Lula gostaria muito que viesse a ocorrer, mas ele tem um senso agudo de política e há de procurar evitar, pelo menos por enquanto, porque sabe que encontra essas barreiras.
Como está o seu dia-a-dia?
Bornhausen - Voltei à minha atividade privada mais uma vez. Sou conselheiro de diversas empresas. Faço parte dos conselhos da Fiesp e da Fiesc. Normalmente, saio de Florianópolis às segundas-feiras e retorno às quintas.
EU gostaria de perguntar:
Sr Bornhausen, como se sente tendo sido escorraçado da política Brasileira com a DUPLA VITÓRIA DE LULA (Vitória sobre o escândalo fabricado e VITÓRIA NAS URNAS)?
Bornhausen - FELIZ, TAL QUAL PINTO NO LIXO!!!!!
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