FolhaNews
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar na próxima quarta-feira (16), o reajuste salarial dos militares. A Folha Online apurou que a hipótese mais provável é a concessão do aumento de forma escalonada considerando percentuais que variam de 27% a 37%. Outra idéia é elevar de R$ 207 para R$ 415 o valor do soldo pago aos recrutas.
Os ministros Nelson Jobim (Defesa), Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) e Paulo Bernardo (Planejamento) levarão as propostas para o presidente. Jobim disse que os pontos divergentes serão definidos por Lula. "O presidente é que vai arbitrar", disse ele, em entrevista concedida nesta quarta-feira na qual tratou sobre o Plano Nacional de Defesa.
Em janeiro foram suspensas as negociações relativas aos aumentos para os militares. Na ocasião, Bernardo disse que o governo não teria condições de reajustar os salários dos servidores --civis e militares-- em decorrência do fim da arrecadação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Jobim afirmou também que o governo federal quer desenvolver mecanismos para tornar a carreira militar mais atraente e evitar a evasão de oficiais para a vida civil. No entanto, ele disse que essas medidas ainda estão sendo examinadas e não há uma definição pronta.
Obrigatório Mangabeira reiterou que o governo analisa três alternativas para modificar o sistema de serviço militar obrigatório. Em uma delas, o candidato poderá escolher entre o serviço militar e o serviço social obrigatório --mas terá de se submeter a um rígido programa de formação.
Outra proposta mantém o serviço militar obrigatório, mas autorizando o Estado a escolher os candidatos que prestarão o trabalho respeitando critérios, como vigor físico e intelectual, além de proporcionalidade regional e por classe social. Segundo ele, os jovens mais pobres que buscam a carreira militar.
Por fim, está sendo examinada também a hipótese de manter o serviço militar obrigatório exatamente como é atualmente, mas acrescentando orientações de formação técnica e civil. Todas essas alternativas estarão presentes no Plano Nacional de Defesa que está em fase de elaboração e que deve ser concluído até 7 de setembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário