Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Controladoria Geral da União (CGU) terminou hoje (14) a análise das despesas feitas com o cartão corporativo pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, entre 2006 e 2008. A CGU concluiu que houve, nesse período, irregularidade na utilização de R$ 8.405,35, valor que deve ser devolvido aos cofres públicos.
Como havia tomado, antes da decisão da CGU, a inciativa de recolher aos cofres públicos todo o valor utilizado por ele com o cartão corporativo - cerca de R$ 34 mil -, Silva vai receber de volta R$ 26.335,57, usados de forma legal.
Dos cerca de R$ 8 mil apontados pela CGU como gastos irregulares, R$ 6.097,86 foram utilizados para pagamento de despesas de alimentação de outras pessoas, e não somente do ministro, que é o titular do cartão.
De acordo com a assessoria de comunicação da CGU, o Ministério dos Esportes chegou a argumentar que os gastos com alimentação de terceiros poderiam ser cobertos com o cartão corporativo.
"A CGU discorda do argumento e, embora não vislumbre dolo ou má-fé no caso, entende não haver disposição de lei que autorize o pagamento de tais despesas com o cartão de pagamento do Governo Federal".
A Controladoria também considerou irregular o gasto de R$1.489,19 feito para pagamento de despesas com hospedagem de terceiros.
De acordo com a assessoria, a CGU enviará ao Tribunal de Contas da União o relatório dessa auditoria especial, para ser anexado ao da Auditoria Ordinária das Contas do ministério do ano de 2006, "aguardando-se a manifestação final da Corte para verificar se há direito à devolução de mais alguma parcela".
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