Ontem, São Paulo ganhou um presente, muito útil para alguns, inovação tecnológica para outros, praticamente uma obra de arte dirão outrens, mas no meu ponto de vista, não passa de um reflexo da política pró caos que impera a dezenas de anos em nossa cidade.
Como disse um amigo meu, “Uma ponte milionária com o nome do dono da Folha, que leva até a avenida do dono da Globo, em uma região feita para os carros e que é o centro da especulação imobiliária em São Paulo... Lindo!”
Já outro fez uma relação mais simples e direta: “Meios de comunicação em Massa X Especulação Imobiliária X Cultura do automóvel individual”
Eu particularmente acho esse troço feio, bizarro, mas gosto não se discute, tem gente que acha até eu bonito! Mas vamos analisar o que e a quem essa obra irá beneficiar. Um motorizado me disse o seguinte, “ela será útil quando alguém do Morumbi quiser ir para o Aeroporto, assim não precisa pegar a Bandeirantes”. Como a grande maioria da população tem que ir para o Aeroporto diariamente, tá aí uma boa utilidade.
O mais interessante é que ela não terá acesso direto ao Morumbi, suas rampas acessarão a pista expressa da Marginal Pinheiros sentido Interlagos, mas indiretamente trará alívio aos moradores desse bairro, já que a maioria dos motoristas que seguem para Santo Amaro e Interlagos vão usar a ponte nova.
O problema é que, logo nos primeiros dias, já teremos trânsito lento em cima da ponte, pois nos horários de pico é comum a Marginal, sentido Interlagos, ficar completamente parada, desde a ponte Transamérica até a ponte do Morumbi. Portanto só servirá para mudar a direção do congestionamento e também para transferir o caos da Berrini para as ruas residenciais do Brooklin.
O que mais me indigna é que essa ponte custou 230 milhões de reais. Sabe o que poderíamos fazer com esse dinheiro? Construir 100 km de corredores de ônibus, ou mesmo, 1000 quilômetros de ciclovias. Isso mesmo, já que o custo médio de uma ciclovia gira em torno de 200 e 250 mil reais.
Mas para quem interessa a construção de ciclovias? Para as montadoras é mais fácil jogar no ventilador que a única solução é o Metrô. Como deve demorar uns 100 anos para atender toda a cidade, eles ganham um tempo considerável para continuarem vendendo carros como se fossem bananas. Agora, se em 4 anos a cidade tiver 1.000 km de ciclovias, isso pode levar mais de 2 milhões de ciclistas as ruas, sendo que, segundo pesquisas, 1 milhão desses ciclistas podem ser motoristas, já imaginaram o transtorno que causaríamos?
Como disse um amigo meu, “Uma ponte milionária com o nome do dono da Folha, que leva até a avenida do dono da Globo, em uma região feita para os carros e que é o centro da especulação imobiliária em São Paulo... Lindo!”
Já outro fez uma relação mais simples e direta: “Meios de comunicação em Massa X Especulação Imobiliária X Cultura do automóvel individual”
Eu particularmente acho esse troço feio, bizarro, mas gosto não se discute, tem gente que acha até eu bonito! Mas vamos analisar o que e a quem essa obra irá beneficiar. Um motorizado me disse o seguinte, “ela será útil quando alguém do Morumbi quiser ir para o Aeroporto, assim não precisa pegar a Bandeirantes”. Como a grande maioria da população tem que ir para o Aeroporto diariamente, tá aí uma boa utilidade.
O mais interessante é que ela não terá acesso direto ao Morumbi, suas rampas acessarão a pista expressa da Marginal Pinheiros sentido Interlagos, mas indiretamente trará alívio aos moradores desse bairro, já que a maioria dos motoristas que seguem para Santo Amaro e Interlagos vão usar a ponte nova.
O problema é que, logo nos primeiros dias, já teremos trânsito lento em cima da ponte, pois nos horários de pico é comum a Marginal, sentido Interlagos, ficar completamente parada, desde a ponte Transamérica até a ponte do Morumbi. Portanto só servirá para mudar a direção do congestionamento e também para transferir o caos da Berrini para as ruas residenciais do Brooklin.
O que mais me indigna é que essa ponte custou 230 milhões de reais. Sabe o que poderíamos fazer com esse dinheiro? Construir 100 km de corredores de ônibus, ou mesmo, 1000 quilômetros de ciclovias. Isso mesmo, já que o custo médio de uma ciclovia gira em torno de 200 e 250 mil reais.
Mas para quem interessa a construção de ciclovias? Para as montadoras é mais fácil jogar no ventilador que a única solução é o Metrô. Como deve demorar uns 100 anos para atender toda a cidade, eles ganham um tempo considerável para continuarem vendendo carros como se fossem bananas. Agora, se em 4 anos a cidade tiver 1.000 km de ciclovias, isso pode levar mais de 2 milhões de ciclistas as ruas, sendo que, segundo pesquisas, 1 milhão desses ciclistas podem ser motoristas, já imaginaram o transtorno que causaríamos?
Veja a pesquisa Ibope-Nossa São Paulo completa.
Um outro ponto que ninguém da grande mídia menciona é que ganharemos não só mais uma ponte, mas também um símbolo do descaso em relação as nossas as leis. Mas para que se preocupar com leis se a maioria dos motoristas ignora as mais básicas leis de trânsito? Não podemos cobrar que nossos governantes façam o mesmo não é? Mas voltando ao descaso, essa obra não poderia ter sido feita em lugar melhor.
Em 3 de fevereiro de 1995, foi promulgado o Decreto 34.854, que regulamenta a lei 10.907 de 1990, o decreto diz o seguinte:
Art. 1º - Os futuros estudos, projetos e obras viárias no Município de São Paulo, visando a construção de avenidas, contemplarão, obrigatoriamente, espaço destinado a implantação de ciclovias.
Como a avenida Águas Espraiadas (hoje Roberto Marinho) foi inaugurada em janeiro de 96, em cumprimento a essa lei, foi construída uma ciclovia de 200 metros, numa avenida de 4,5 quilômetros.
É isso aí povo de São Paulo, parabéns, essa ponte é o símbolo de uma conquista de vocês, não era isso que tanto queriam? Continuem pensando e agindo assim, já que dentro de seus bólidos pouco importa se suas atitudes estimulam as injustiças que ocorrem em sua cidade. O mais importante não são mais vias para seus carros? Portanto aproveitem e saboreiem essa nova vitória, pelo menos enquanto tiverem ar para respirar.
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