quinta-feira, 1 de maio de 2008

Yeda chegou cogitar ser a primeira mulher presidente


"Não descarto de jeito nenhum", disse no ano passado. Mas "não é um plano", ressalvou.


Primeira mulher a chegar ao comando do Rio Grande do Sul, a governadora Yeda Crusius (PSDB) admitia a possibilidade de vir a ser a primeira mulher presidente da República no Brasil.



"Não descarto de jeito nenhum", afirmou.


Mas, embora admitia a hipótese, ela ressalvou que não se trata de um plano. "Governar o Rio Grande do Sul foi um projeto. Ele foi se constituindo, não era um desejo. Então, não descarto de maneira nenhuma. Os desafios estão aí para a gente ir identificando", declarou.



No momento atual, Yeda não tem outros projetos e sim problemas – muitos problemas – com os quais lidar.



A primeira gestão do PSDB no estado começou tumultuada, seja por medidas impopulares como cortes nas despesas e propostas de aumento em alíquotas de impostos, seja pela crise no interior do próprio governo, que culminou com o rompimento com o vice, Paulo Feijó (Democratas, ex-PFL) e com a saída do PDT e do Democratas do governo.


E a governadora Yeda Crusius tem motivos para se preocupar. Um de seus coordenadores de campanha, nas eleições de 2006, o empresário e lobista Lair Ferst, é um dos principais nomes citados no inquérito da Polícia Federal sobre as fraudes no Detran. "Quadrilha criminosa. Crime organizado. Corrupção de agentes públicos com metas empresariais". Essas foram algumas das expressões utilizadas pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, para descrever os crimes praticados no órgão.

Ferst trabalhou na coordenação da campanha (na área financeira), ou como definiu a governadora no ano passado, ?estava ali dando uma mão?. Ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembléia, Ferst chegou a ser cogitado para ocupar uma secretaria no governo estadual. Até aqui, Yeda e o PSDB não esclareceram qual era mesmo o papel de Lair Ferst na campanha eleitoral.

Na época da campanha, o esquema de fraudes no Detran ainda não havia sido descoberto. No momento em que Ferst é apontado pelas investigações da Polícia Federal como envolvido no crime (mais do que isso, um dos principais protagonistas), em curso em 2006, a sua atuação na coordenação financeira da campanha de Yeda ficou sob suspeita. Nas últimas semanas, a governadora fez várias críticas à Polícia Federal e à CPI do Detran, instalada na Assembléia Legislativa. ?A CPI é política e quer chegar no meu gabinete?, protestou. Nesta sexta, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu as investigações da PF e recomendou cautela à governadora em suas declarações

Mas a bomba mais mortífera sobre Yeda Crusius ainda estava por ser lançada.

Na mesma sessão extraordinária da CPI, o delegado Luiz Fernando Tubino, ex-chefe da Polícia Civil gaúcha, afirmou que Lair Ferst teria dado R$ 400 mil para ajudar a governadora Yeda Crusius a comprar uma casa no bairro Vila Jardim.

Segundo o delegado, a Operação Rodin, da PF, teria identificado o cheque.

Lair Ferst foi um dos coordenadores da campanha vitoriosa de Yeda Crusius ao governo do estado em 2006. Segundo tucanos gaúchos, era responsável pela agenda da candidatura, inclusive por encontros com empresários.




Em defesa de Yeda Crusius, nossa governadora


Publicado em 29/04/2008, às 00:02, por Milton Ribeiro


Sacanagem o que estão fazendo com nossa honrada governadora. Então a pessoa que governa todos os gaúchos não pode morar bem? Vão proibir também isso?

O delegado Luiz Fernando Tubino, ex-chefe da Polícia Civil gaúcha e certamente um pobre ressentido loser nojento e feio, afirmou que Lair Ferst — coordenador da espetacular e vitoriosa campanha de Yeda Crusius ao governo do estado em 2006 — teria dado R$ 400 mil para ajudar a inatacável governadora a comprar uma casa no bairro Vila Jardim. Segundo o delegado, a Operação Rodin, da Polícia Federal, teria identificado o cheque. Qual é o problema, hein? Você não aceitaria um cheque desses de presente? Ou vai dizer que fugiria dele?

A casa da mais importante gremista do estado foi comprada no dia 6 de dezembro de 2006, 37 dias após do segundo turno das eleições. Notem bem: nossa decorosa governadora pensou 37 dias em como utilizar o cheque, só realizando a compra quando as tensões geradas pelo cargo, pela incompreensão da sociedade gaúcha e por gentalhas como essa e essa e essa fizeram-na pensar no futuro e em como seria tranqüilizador para si e sua família um aumento de patrimônio. Segundo certidão do Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Zona de Porto Alegre foi uma pechincha: custou somente R$ 750 mil. Mais: nossa íntegra governadora é tão modesta e ficou tão na pindaíba após a compra que, em 18 de outubro de 2007, alienou-a ao Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) para garantir um empréstimo de R$ 50 mil. Veja bem, ignaro leitor, nossa pudente governadora não tinha R$ 50 mil! Um troco! A casa das pantalhas está localizada em zona nobre de nossa capital e tem 467 metros quadrados de área construída. Ou seja, é uma moradia digna e segura para a insuspeita figura pública que detém, em suas mãos transparentes, as rédeas e o controle de nossos destinos.

Também não me surpreende que os corretores consultados estejam dizendo que a casa valeria R$ 1,5 milhão. Ora, ela é um ser humano como nós e declara ter pago menos pelo imóvel a fim de obter a vantagem de ver reduzido o imposto que pagaria para um governo municipal inoperante. Onde está o problema? Vai dizer que você pagou seu ITBI — o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis , seu idiota — inteirinho quando comprou sua moradia? Claro que não! E quem faz isso?

Tenho dois pedidos a fazer:

Primeiro: Tubino, comprove AGORA suas acusações! Quero ver! Só porque você é um ex-chefe da Polícia Civil falando numa CPI, acha terá mais importância do que a palavra tranqüila, meridiana e superior de Yeda? Comprove AGORA, seu merdinha! Já disse, quero provas! Esta frase que você diz: “A CPI não deve perder a oportunidade de destampar algumas panelas”, merece que o leite jorre imediatamente na chapa quente. Vocês verão quão branco e puro é o leite de nossa virtuosa Yeda. Tenho certeza.

Segundo: Lair, mande umas fotos da miss para o Porque Hoje é Sábado e depois marque um encontro… Com ela? Claro que não! Agende para mim um daqueles encontros com empresários que você arranjava para a briosa Yeda. Nada de chope, tá? Sou um cara fino, prefiro vinho. Vamos, marca logo! Vá, vá!

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