A assinatura do contrato ocorreu na seda da empresa, em São José dos Campos (SP). Segundo a assessoria do Comando da Aeronáutica, os Boeings que serão substituídos voam desde 1976 e ainda são usados sempre que ocorre algum problema com o avião presidencial, o Santos Dumont, adquirido no início de 2005.
Os dois novos jatos serão operados pelo Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira (FAB), que já trasbalha com outros modelos fabricados pela Embraer, como o ERJ 145, o Legacy 600 e o EMB-120 Brasília. A previsão é de que a primeira aeronave seja entregue até março de 2009. O segundo EMB-190 estará pronto até novembro de 2009. O chamado "apoio logístico" envolve o fornecimento de peças de reposição, assistência técnica, publicações e o treinamento das tripulações e de mecânicos.
Em nota, a Aeronáutica justificou a compra alegando "carências operacionais e logísticas, além do aumento dos custos" envolvidos na utilização dos Boeings-737-200. Segundo a nota, até o início da década de 1990, a manutenção das aeronaves era feita pela Vasp, depois substituída pela Varig. A partir de 2003, quando a Varig deixou de operar com esse modelo de avião, a Aeronáutica começou a enfrentar dificuldades não só para encontrar profissionais que fizessem a manutenção das aeronaves, mas também peças de reposição.
Entre os aviões a serem substituídos está o que, na última sexta-feira (30), teve de regressar ao aeroporto de San Salvador após um problema com um dos vidros do pára-brisa, minutos depois da decolagem. A aeronave trasportava parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de volta da viagem oficial a El Salvador. Um dos passageiros era o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Segundo a Embraer, os novos jatos serão configurados com sistemas especiais de comunicação e terão capacidade para transportar cerca de 40 passageiros. As aeronaves terão autonomia para, partindo de Brasília, voar para qualquer ponto da América do Sul) e contarão com áreas privativas para o presidente da República, além de espaço para reuniões.
Além dessas aeronaves de transporte, a FAB também utiliza aviões militares projetados e fabricados no país, como o AMX, o Tucano, o Super Tucano e os aviões de inteligência, vigilância e reconhecimento usados no Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
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