O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia 26 de maio de 2008 chegou à mesma conclusão que Karl Marx em 1847. Lula denunciou: "Eu não vi nenhum produto reduzir de preço depois que acabou a CPMF. Parece que não foi passado para o custo do produto o 0,38%. Parece que aumentou o ganho daqueles que pagavam a CPMF. Se alguém souber de um produto que caiu de preço porque os empresários tiraram do preço os 0,38%, me avisa. Me diga, que vai merecer um prêmio". Lula ainda não se conformou com o fato do Senado ter acabado com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira: "Em dezembro do ano passado tivemos uma derrota no Senado da República. Nós, embora tivéssemos maioria, assistimos aos senadores da oposição não deixarem passar a CPMF porque tínhamos lançado um programa chamado PAC da Saúde, onde iríamos investir mais R$ 24 bilhões para melhorar a saúde".
Num manuscrito titulado O salário, de dezembro de 1847 - na verdade, o rascunho das conferências que proferiu na Associação Operária de Bruxelas -, Karl Marx anotou: "A diminuição dos impostos não favorece em nada aos operários; no entanto, seu aumento os prejudica. O que tem de bom o aumento dos impostos nos países desenvolvidos desde o ponto de vista burguês é que arruina os pequenos camponeses e proprietários (artesãos etc.), lançando-os à classe operária".
Portanto, pode haver um lado bom nas manobras realizadas na Câmara para criar um novo tributo, chamado de Contribuição Social para a Saúde (CSS), com alíquota de 0,10%: a proletarização do pequeno e médio empresário, se a história, mais uma vez, der razão ao criador do socialismo científico.
Carlos Pompe, Jornalista e Curioso do mundo.
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