Vejam, ou melhor ouçam, a classe da colunista (?) Lúcia Hippolito na CBN. Quem merece acordar pela manhã, ligar o rádio, e ouvir coisas tão absurdas nas análises desta "especialista"? Os proprietários dos veículos conservadores não entendem por que a cada dia perdem audiência para a Internet e outros veículos alternativos. Eu explico: a audiência cai devido a pessoas preconceituosas como Lúcia Hippolito.
Por Emerson Luís, no blog Nas Retinas
Em seu comentário pela manhã na CB. ela simplesmente conseguiu aliar a derrota da seleção brasileira ao presidente Lula, desqualificando-o para exercer o cargo de presidente da República. Ou seja, se a seleção perdeu, a culpa é do despreparado do Lula.
É a fina flor do jornalismo de caserna. Ao acordar de mau humor numa segunda-feira, Lúcia usa o microfone para exercer o preconceito de classe, como pessoa culta e preparada que é. Obviamente, não admite que um cidadão com histórico político ganhe as eleições e assuma o cargo de chefe máximo da nação.
Lúcia, uma dica: 2010 está ai. Por que, que é uma pessoa preparada, equilibrada, culta, que tem faculdade, doutorado e mestrado não se candidata para o cargo? Indo mais além na sua forma sabotadora de comunicação, aliada a apatia de uma das rádios mais sem criatividade que já surgiram no Brasil, Lúcia ainda chama a ministra Dilma (Rousseff), que nem é candidata a nada, de despreparada, a roldão do presidente Lula.
Leiam o trecho citado, literalmente:
"Uma das coisas que talvez o presidente Lula tenha feito mal para o país, porque as pessoas acham que podem, de repente, se candidatar à Presidência da República sem nunca ter feito nada. Olhe o Dunga, nunca foi técnico nem do time da esquina da rua dele. Agora já virou técnico da seleção brasileira e acha que sabe tudo. Olhe a ministra Dilma - nunca administrou nada a não ser a Casa Civil, com esses problemas todos que ela está tendo, já acha que pode ser presidente da República. Dureza, hein?".
Literalmente foi isso que se ouviu hoje pela manhã em uma das principais redes de rádio do país, que administra uma concessão pública de radiodifusão, ou seja, do Estado. Fiquei pensando no trecho "nunca ter feito nada", que ela usou para se referir as atividades do presidente.
Se Lúcia fosse algo mais ou menos parecido com um jornalista, ela definiria exatamente o que quis dizer nestas entrelinhas. Defender direitos trabalhistas durante uma ditadura é fazer nada? Ser preso pela ditadura é fazer nada? Percorrer o país em caravana para ter base sólida e conhecimento do país é nada? Ter sido deputado constituinte é nada? Ter disputado cinco eleições com sabotagem da imprensa é nada? Ter colaborado pela redemocratização do país é nada?
Lúcia, com todo o respeito que uma dama merece, quem precisa fazer alguma coisa é você, talvez um curso de cidadania em programas públicos, visitas em assentamentos de terra, a projetos de inclusão digital, aos albergues, programas de alfabetização, enfim, uma visitinha a qualquer periferia que está ai bem perto de você, para aprender que propagar preconceito de classe usando os meios de comunicação é péssimo para o país.
O ÁUDIO SE ENCONTRA POSTADO MAIS ABAIXO, OU ACESSE O SITE DO AZENHA- VI O MUNDO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário