Matéria publicada no jornal Diário de S. Paulo.
Duas semanas após a festa de inauguração, o CEU Feitiço da Vila, no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, apresenta rachaduras. O prédio do ensino fundamental chegou a ser escorado por pilares de metal entre terça e sexta-feira da semana passada. Apesar das medidas adotadas, a Secretaria Municipal de Educação garante que os problemas são normais e que não há risco para os alunos.
As rachaduras apareceram em uma área do edifício que fica sobre um pátio onde os estudantes tomam lanche. No andar de cima, há salas de aula. Da rua, é possível ver uma das fissuras. No teto do pátio, existe uma rachadura extensa. Pais de alunos garantem que nas salas de aula do andar de cima as trincas são maiores.
Na quinta-feira, alguns pais receberam um bilhete das professoras em que estava escrito: "Por motivo de segurança, o pátio da nossa escola foi interditado. Para que os alunos, não fiquem prejudicados, o lanche/jantar será servido às 16h30." Normalmente, o lanche da tarde é servido por volta das 16h e o jantar, às 18h. Com a interdição do pátio, os alunos teriam só uma refeição.
O "Diário" entrou no CEU e acompanhou uma reunião entre representantes da Secretaria de Educação, engenheiros da construtora que fez o prédio e pais de alunos. Mesmo com apelo dos pais, não foi permitida a visita ao primeiro andar. Os dirigentes do escolão alegaram que havia aula no local.
Durante o encontro, foi apresentado um laudo em que um engenheiro contratado pela Schahin Engenharia, construtora do CEU Feitiço da Vila, garante que não há risco de desabamento. O documento diz também que "podem ser retiradas as escoras metálicas e utilizar o prédio normalmente".
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