Na nota o presidente da OAB afirma que o aparelho de segurança pública do Rio de Janeiro necessita de reformas e que os militares deveriam agir como pacificadores de uma situação de guerra civil, "a qual espantosamente nos acostumamos", em que os moradores das regiões mais pobres estão expostos à "presença nefasta de traficantes, milícias pára-militares e polícia, freqüentemente tão agressiva e predadora quanto os delinqüentes".
Cezar Britto considerou também que, ainda que os jovens fossem culpados, não cabe ao Estado brasileiro assumir papel de justiceiro, "igualando-se ao criminosos em atos de tortura e execuções sumárias".
Os três jovens foram encontrados mortos em um lixão da Baixada Fluminense horas depois de terem sido abordados por militares do Exército.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ricardo Dominguez, apesar de um oficial superior mandar liberar os rapazes após uma revista, um tenente determinou que eles fossem colocados num caminhão e levados para o Morro da Mineira, onde foram entregues a traficantes de uma facção rival à do Morro da Providência.
Hoje três militares se entregaram e confessaram a participação no episódio. Eles estão presos no Primeiro Batalhão da Polícia do Exército, no Rio.
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