Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
"Quem pressionou foi a sociedade, a opinião pública, que não queria a falência da Varig", acrescentou o ex-dirigente da agência.
"Nenhum débil mental, recém-saído de um hospital psiquiátrico, compraria a Varig se não fosse decidida a questão fiscal e trabalhista da empresa."
Ao contrário da ex-colega de diretoria Denise Abreu, o ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Milton Zuanazzi afirmou à Comissão de Infra-Estrutura do Senado que em momento algum a direção da instituição foi pressionada durante o procedimento de venda da Varig e da VarigLog.
Ele confirmou a reunião realizada no Palácio do Planalto para preparar uma possível "contingência" da empresa, ou seja, o atendimento de emergência aos usuários da Varig no caso de sua falência, dada as dificuldades em vendê-la.
Zuanazzi também falou, durante a primeira parte do seu depoimento, sobre as tentativas de se resolver a crise de insolvência por qual passava a empresa aérea, envolvida em problemas fiscais e trabalhistas
Após várias tentativa frustradas de leilão da empresa, Zuanazzi relatou a realização de uma reunião, na Presidência da República, coordenada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nesta reunião, que contou com a participação do então ministro da Defesa, Waldir Pires, e de toda a diretoria da Anac, Dilma comunicou que "era uma decisão de governo salvar a Varig" desde que obedecidos os critérios legais.
"Não vejo mal algum nessa declaração. Acho que ela deveria ter dito isso meses antes", disse o ex-presidente da agência.
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