sábado, 26 de julho de 2008

BLOG DO MORCEGO VERMELHO





Secretário de Estado de São Paulo foi à copa do mundo com as despesas custeadas pela Alstom, empresa provedora do tucanato acusada pela Justiça Suíça de comprar políticos a granel. Hoje, o ex-secretário é conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, órgão supostamente criado para fiscalizar as contas públicas.

No Rio Grande do Sul, dois conselheiros estão envolvidos no esquema corrupto da governadora tucana Yeda Crusis.

Em Minas Gerais, a Operação Pasárgada apontou conselheiros cúmplices da quadrilha que opera no Estado.

No Estado do Rio de Janeiro, todos os conselheiros estão envolvidos em bandalheiras, segundo o jornalista Hélio Fernandes da Tribuna da Imprensa (vide texto abaixo). É de deixar qualquer um absurdado.

Nos quatro estados mais desenvolvidos e com mais controle social os TCE’s são portos seguros para as quadrilhas, preciosos valhacoutos de políticos corruptos. Resguarde-se a regra da exceção, há conselheiros corretos. Acreditem, mas, existem.

Enquanto isso, as instituições de controle social e do estado guardam obsequioso silêncio. Cadê a OAB, AMB, Ministério Público, etc etc etc

Diz-se, que primeiro deve-se mudar a aldeia para então depois mudar o mundo. O vereador Bruno Siqueira/PMDB, de Juiz de Fora, deu um passo precioso nesta direção. Promoveu uma alteração na Lei Orgânica do Município que condiciona a posse do prefeito e secretariado à apresentação da declaração do imposto de renda. No caso do prefeito, todos dependentes econômicos também devem apresentar suas declarações, que serão atualizadas anualmente.

Estão aí, duas bandeiras que candidatos comprometidos com o povo podem empunhar com orgulho.



Contas de governadores de qualquer maneira são aprovadas pelo TCE

O Tribunal de Contas do Estado do Rio está cada vez mais vulnerável. E não é de hoje. Nos últimos 10 anos, a situação dos conselheiros ficou cada vez mais insustentável. Todos? É impossível que não haja algum que resista, não participe desse festival de má-fé e incompetência ou as duas coisas juntas.

Para provar que não deve haver exceção, pelo menos na imprudência com que aprovam contas dos mais diversos governadores, um fato irrefutável: fiz as denúncias, fui processado pelos 7 conselheiros. Dos que estão na ativa, apenas 1 se recusou a participar da VINGANÇA. Mas um outro, que já estava aposentado, assinou para darem a impressão de que era o TCE por UNANIMIDADE.

Perderam o processo, não há mais recurso (e como iriam recorrer?), se concentram agora na INDENIZAÇÃO POR TEREM A HONRA ATINGIDA. Ha! Ha! Ha! Que juiz terá coragem de indenizar a HONRA desses conselheiros?

Tenho tanta coisa para divulgar sobre esse TCE, que hoje vou me restringir apenas à APROVAÇÃO das contas dos governadores. Aproveitando o FATO ESPANTOSO das acusações de corrupção do TCE, ao referendar, SEM QUALQUER RESTRIÇÃO, tudo o que foi feito na "desadministração" Rosinha Mateus.

O TCE, com um corpo de funcionários enorme e de alta qualidade, não descobriu nada de irregular no governo de Dona Rosinha Mateus. (Nem no de Marcelo Alencar, Anthony Mateus, Dona Benedita e agora Rosinha Mateus).

O Ministério Público com a Polícia Federal, com menos recursos e conhecimento, descobriu e desvendou um fantástico lamaçal. O TCE referendou as contas de Dona Rosinha, não percebeu a onda de corrupção que "varria" todo o governo? Dois secretários, Gilson Cantarino e Marco Antonio Lucidi, estão presos por terem desviado 60 MILHÕES DE REAIS. Como pode acontecer sem o conhecimento da governadora e o veto IMPLACÁVEL do tribunal encarregado de examinar essas contas?

O ex-governador Anthony Mateus, para defender a mulher (e quem sabe "ajudar" o TCE), diz que "o governador não pode saber de tudo". Ha! Ha! Ha! Os secretários usavam a corrupta ONG Pró-Cefet, e e outras que também terceirizavam os recursos já terceirizados das secretarias de Saúde e do Trabalho. Tudo escancarado, e como disse Chico Buarque, "SÓ O TCE NÃO VIU".

A ONG Pró-Cefet recebia o dinheiro e repassava ou subcontratava para as ONGs Alternativa Social ou Filipenses. Movimentação extraordinária que não passava pela vista da governadora (ou do marido que mandava em tudo), chegando até ao TCE, que com o ZELO COSTUMEIRO aprovava tudo. (A Veja denunciou 5 conselheiros, quer dizer, livrou dois. Estes, pelo menos, precisam provar por que foram excluídos dos acusados).

A bandalheira no TCE era (e continua sendo) total e absoluta. Esses repasses eram limitados a 100 mil por ano, para fugir da LICITAÇÃO. (Nem isso o TCE viu?). Como o total descoberto pela polícia e o Ministério Público foi de 60 milhões, vejam quantas ENTIDADES COMUNITÁRIAS PRECISAVAM CRIAR? Estas entidades, de cada 100 mil, recebiam mil, são também CÚMPLICES e CONIVENTES. Assinavam recibo de 100 mil, ficavam só com mil. Portanto, 99 por cento iam para o bolso ou a conta dos ladrões. Que não foram incomodados pelo TCE.

PS - Não se trata apenas do aspecto contábil, econômico, moral. O que fazia o TCE diante dos serviços pagos em cascata e não executados? Se o Ministério Público descobriu tudo, por que o silêncio do TCE?

PS 2 - Essa questão maior de corrupção não pode cair no esquecimento, prender apenas 2 ex-secretários. A governadora (e o marido) estão enquadrados em corrupção. E o TCE, em peso, também enquadrado em OMISSÃO PARA A CORRUPÇÃO.

Do nosso companheiro do grupo do quinto poder Gilson Sampaio

Postado por República Vermelha às 11:38:00



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