A defesa do banqueiro Daniel Dantas e de sua irmã Verônica Dantas pediu ontem (8) ao STF concessão de habeas corpus para que ambos aguardem em liberdade o trâmite de investigação decorrente da Operação Satiagraha.
Segundo nota do STF, o habeas corpus foi impetrado em junho, pedindo salvo-conduto para impedir a possível ordem de prisão ou de busca e apreensão contra os dois, bem como o acesso da defesa aos autos do inquérito instaurado na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Ainda em junho, o relator, ministro Eros Grau, solicitou informações no processo e abriu vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para elaboração de parecer, que foi entregue ontem (8) ao STF.
Com a prisão do banqueiro, a defesa ajuizou ontem uma petição no processo de liberdade para julgamento da liminar.
O pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes, em razão das férias dos ministros durante o mês de julho.
As nove pessoas presas ontem (8) no Rio de Janeiro chegaram por volta das 19h à sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Segundo balanço divulgado pela PF, em São Paulo, 17 pessoas foram presas na operação, que desmontou duas organizações criminosas acusadas de cometer crimes de lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e corrupção.
A Operação Satiagraha, cujo nome significa resistência pacífica e silenciosa, teve início em 2004, como desdobramento do caso que ficou conhecido como mensalão - esquema que teria sido arquitetado pelo empresário Marcos Valério e que previa o pagamento de propina a deputados da base aliada do governo em troca de favores políticos.
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