segunda-feira, 28 de julho de 2008

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Kassab descarta cassação e acusa quem quer ganhar no tapetão

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), disse não temer a cassação de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, pedida pelo candidato do Psol à Prefeitura da capital paulista, Ivan Valente. "Não. Eu tenho fé na Justiça Eleitoral", disse Kassab à imprensa nesta segunda-feira (28). E criticou os opositores. "Se os outros querem ganhar no tapetão, não posso fazer nada", afirmou.

O candidato do DEM, apoiado pelo grupo do governador José Serra dentro do PSDB e rambém pelo PMDB, é acusado pelo jornal Folha de S.Paulo de tentar manipular os dados da pesquisa de intenção de voto do instituto Datafolha. O diário apurou que Kassab enviou e-mails aos 26 subprefeitos do município pedindo "ação" para tentar influir na última pesquisa do Datafolha.

Duas linhas de defesa

Kassab Kassab justificou o envio de emails sob o argumento de que tinha informações de que grupos opositores poderiam influenciar negativamente o seu desempenho na pesquisa. "Não tem crise nenhuma. Fiz isso como cidadão. Tenho espírito público", afirmou.

Em outra linha de defesa, o prefeito também argumenta que enviou as mensagens como parte de sua função. "Na qualidade de prefeito, eu tenho que zelar pela ordem da cidade de São Paulo. Se existem informações de que podem ter grupos partidários atuando para prejudicar o andamento do serviço público em função das pesquisas que eles têm conhecimento com antecedência, cabe ao poder público identificar se existe isso, para coibir, para apontar e para punir", explicou. No entanto, o Datafolha assegura que seus métodos não permitiriam qualquer manipulação.

O pedido de cassação foi protocolado por Ivan Valente ontem, na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, uma representação contra Kassab. O comando de campanha da candidata do PT à Prefeitura, Marta Suplicy, anunciou que entraria com outra representação na Justiça Eleitoral. "Vamos pedir que o Tribunal Eleitoral investigue a utilização de funcionários públicos para tarefas que não sejam as suas (o uso da máquina pública) e a tentativa de manipulação de pesquisa eleitoral", reafirmou hoje o coordenador da campanha petista em São Paulo, o deputado federal Carlos Zarattini.

Más notícias na pesquisa Datafolha

Os números da pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (25), trouxeram outras más notícas para Kassab: ele oscilou dois pontos percentuais para baixo, de 13% para 11%, em relação à sondagem anterior, do último dia 5. Esta portanto mais de 20 pontos atrás dos dois favoritos, Marta (34%) e o tucano Geraldo Alckmin (32%), em empate técnico com Paulo Maluf (8%).

Durante a semana o prefeito também enfrentou noticiário adverso, apontando que seu nome deveria estar na chamada "lista suja", de candidatos que sofrem processos judiciais. Mais uma vez, a Folha de S.Paulo noticiou que Kassab é alvo de uma ação civil pública por improbidade administrativa, apresentada pelo Ministério Público de São Paulo em 1997, contra ele e o então prefeito de São Paulo, Celso Pitta.

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