quinta-feira, 3 de julho de 2008

PF cumpre 66 mandados de prisão temporária e busca e apreensão em sete cidades de Minas e no Rio de Janeiro

A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta quinta-feira a Operação Mão Invisível, que combate a formação de cartel por uma organização criminosa que atua nos setores de distribuição e comércio de combustível. Desde as 4h, 250 policiais federais, promotores do Ministério Público Estadual (MPE), técnicos da Secretaria de Direito Econômico (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômica (SEAE) cumprem 24 mandados de prisão temporária e 42 de busca e apreensão em sete cidades de Minas e no Rio de Janeiro.

Segundo informações da Rádio CBN Minas, 11 donos e gerentes de postos de gasolina já foram presos e chegaram algemados à sede da Polícia Federal, no bairro Gutierrez, na região oeste de Belo Horizonte. Esta é a maior operação policial do gênero já realizada na América do Sul, segundo a PF.

De acordo com a polícia, as investigações, que começaram em agosto de 2007, demonstram a atuação dessa organização que, a partir de acordos e ajustes, forçavam o preço do combustível para cima do valor de mercado. Os membros da suposta organização criminosa podem responder pelos crimes de formação de quadrilha e cartel. As penas chegam a 15 anos de prisão. Todos os presos serão encaminhados à Superintendência da PF em Belo Horizonte e ficarão à disposição da Justiça.

O nome da operação é uma referência ao livro de Adam Smith “A Riqueza das Nações”, em que ele explica como a concorrência força o preço dos produtos para baixo, até seus níveis "naturais", que correspondam ao seu custo de produção.

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