Ele pode ser feio, desengonçado, engraçado e até mesmo corajoso ( enfrentar LULA e o POVO numa eleição não é pra qualquer um), mas também não pode reclamar que ninguém o ajuda. Até mesmo dona LÚ não mediu esforços em gastar muita "grana", verdadeira fortuna em 2006, na derrotada campanha para Presidente(kkkkkkkkk).
VEJAM ABAIXO, um delicioso relato, de como as coisas aconteciam (acontecem?) quando esse homem resolver sair candidato a alguma coisa!
23 DE OUTUBRO DE 2006 - 16h46
Conheça o Aerolu Alckmin, que custa R$ 350 mil em 8 dias
Por Bernardo Joffily e Humberto Alencar
O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) gosta de ''fazer as contas'', como mostra o seu programa no rádio e na TV; principalmente quando o assunto é avião. O Vermelho mostra aqui alguns números sobre o jatinho executivo, modelo Cessna Citation V, fretado ao custo aproximado de R$ 350 mil para sua esposa, Lu Alckmin, fazer campanha para ele durante oito dias. Não é um Aerolula. Mas é o Aerolu de Lu Alckmin.
. A pista sobre o Aerolu foi levantada na noite de sexta-feira (20), quando o Cessna, fabricado nos EUA, pousou no Aeroporto Internacional de Rio Branco. O inusitado do reluzente jatinho e sua ilustre passageira, na modesta pista de pouso da capital acreana, mexeu com os brios do colunista do Vermelho e deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB).
Munido de uma foto para documentar o flagrante, Moisés disparou para o portal do galo: ''Voando a 789 km/h, o jatinho de dona Lu é bem mais rápido do que o táxi de seu marido'', numa alusão ao franciscano hábito de Geraldo Alckmin, que vestiu ''as sandálias da humildade'' e faz campanha de táxi (clique aqui para ver Gente fina: Alckmin anda de táxi, mas dona Lu vai de jatinho).
A maratona de Lu, quanto custa?
Uma viagem São Paulo-Rio Branco-São Paulo em um Cessna Citation V leva 8 horas e quarenta e seis minutos de vôo e, com pernoite, custa R$ 93.220, segundo a Tam Jatos Executivos, que representa a Cessna no Brasil e fornece esse serviço. O preço é cobrado por quilômetro de vôo, mais o pernoite do avião, do comandante e do copiloto.
Lu Alckmin, porém, não vinha de São Paulo quando pousou em Rio Branco. A candidata a primeira dama está desde terça-feira passada, e até terça 24, percorrendo nestes oito dias dez estados do Norte e Nordeste, em campanha solo.
Ela dividiu tarefas com o esposo, Geraldo, como é chamado por Lu, e agora por sua campanha eleitoral (os marqueteiros concluiram que Alckmin não tem a mesma empatia). Ele tem percorrido o sul: neste fim de semana, passou por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, no esforço para estancar uma evasão de votos que ameaça sua supremacia. Ela, coitada, ficou com a pedreira: percorre as capitais dos estados mais distantes, quentes, pobres, e, o que é pior, mais lulistas.
Um carona na mira do MP
Na terça ela estava no Recife; caminhou pelas ruas do centro.
Quarta voou para Teresina, onde caminhou pelo centro e pelo bairro Poty Velho, debaixo de 38 graus à sombra; mas ainda deu esticadas às cidades de Parnaíba e Cocal.
Quinta foi a vez da Paraíba, Campina Grande e João Pessoa; mesmo esquema.
Sexta, desembarcou em Porto Velho, acompanhada do deputado federal Hamilton Casara (PSDB-RO), que pegou carona no jatinho.
Vale aqui um parêntese sobre o acompanhante de Lu Alckmin: Casara e parentes seus foram denunciados pelo Ministério Público Federal, numa ação civil por improbidade administrativa. A ação acusa-o de ter contratado, como secretária parlamentar em Brasília, recebendo da Câmara dos Deputados, uma empregada doméstica que trabalha na casa de seu irmão Astrobaldo Casara, em Porto Velho. A moça nem sabia que fora contratada e, naturalmente, não viu um centavo do salário.
O MP pede a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa, proibição de contratar com o Poder Público e dele receber benefícios fiscais ou creditícios, ressarcimento de danos experimentados pelo erário e ainda perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos réus. Casara contesta que “as acusações são levianas e foram feitas por coordenadores da campanha do PT no Estado”.
''Foi engraçado ver madame''
Lu Alcmin, que é solidária, deu outra carona ao deputado tucano no Cessna Citation, até a escala de Rio Branco.
Na capital acreana, não foi apenas Moisés Diniz que reparou no inusitado da visita. Sob o título Madame no camelódromo, o jornalista La Fontaine comentou em sua coluna: ''Foi engraçado ver madame Lu Alckmin andando pelo Calçadão da Benjamin Constant em direção ao Terminal Urbano. Certamente, como é muito fina, não comprou nada dos camelôs que trabalham no local. O mais correto seria se a mulher de Geraldo Alckmin tivesse sido levada para uma reunião com os empresários.''
Sábado de manhã, Manaus; Lu distribuiu santinhos e sorrisos pelo centro, mas a caminhada, marcada para as 8h30, começou com duas horas de atraso, que ninguém é de ferro.
Ontem e hoje (segunda, 23), Lu Alckmin recupera as forças, num merecido e reduzido descanso em São Paulo. Porém na terça-feira, ela estará em Belém do Pará, com visita a artesãos, e ''minicarreata''. Sua agenda inclui ainda a Bahia e o Maranhão.
O Aerolu, um jatinho simples
É um longo itinerário de 20.100 quilômetros, meia volta ao mundo, mais de 25 horas de vôo mesmo a 789 km/h. Um sacrifício para a ex-primeira dama de São Paulo, que ganhou celebridade no episódio dos 400 vestidos que ganhou de presente do estilista Rogério Figueiredo clique aqui para ver Alckmin e os 400 ''vestidinhos'' de dona Lu).
É compreensível que uma tão penosa maratona exija um mínimo de conforto e infraestrutura. Os vôos para lugares assim muitas vezes não dispõem de primeira classe. Para fazer a viagem em classe econômica o preço sairia em torno de R$ 9.600, mas o sacrifício se tornaria insuportável.
Foi providenciado então o Aerolu. Nada de suntuoso, um jato executivo de oito lugares (piloto, copiloto e seis passageiros), com um mínimo de autonomia, 5 horas de vôo ou 3.426 km, para os longos percursos.
O avião fretado, prefixo PT-FTB (como se pode ver na foto), por acaso acaba de ser vendido, de forma que se conhece o seu valor aproximado: US$ 3,9 milhões, ou R$ 8,3 milhões. Nada como o Aerolula, esse jato de luxo, que a FAB adquiriu por US$ 56,7 milhões, ou R$ 120,9 milhões, ao câmbio de hoje.
Saiu um pouco mais caro: em vez dos R$ 9.600 dos vôos de carreira, foram R$ 350 mil. Mas, afinal, o que está em jogo nestes dias é a Presidência da República. Uma despesa de R$ 350 mil para passar oito dias viajando, em companhias como a de Humberto Casaro, está mais que razoável, não é?
O guarda-roupa da viagem
Lu Alckmin não tem usado vestidos de grife na maratona. Preferiu algo bem básico, calça jeans e uma camiseta azul com amarelo, em que destaca o número 45 e o nome de Geraldo Alckmin.
A candidata a primeira dama tem sempre essa sensibilidade. Na inauguração da Daslu, em junho de 2005, conforme o delicioso relato da colunista Mônica Bérgamo, Lu Alckmin, que compareceu com o marido, usava uma bolsa Chanel e blusa Burberry, que ela justificou explicando que gosta ''de peças clássicas''. Mas logo, relata a jornalista, Lu ''teve que correr para o Palácio dos Bandeirantes. Precisa se trocar, 'colocar um jeans', para outro compromisso: um evento na Água Branca em que caminhões de vários bairros entregarão agasalhos doados para as crianças pobres''(clique aqui para ver mais, em A filha de Alckmin e o contrabando na Daslu).
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