quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Com Lula, mais da metade dos trabalhadores brasileiros passa para a classe média, apesar das críticas de SETORES da DIREITA

A classe média brasileira está mais confiante, compra mais e aumentou sua participação na População Economicamente Ativa (PEA) do País. É o que mostra o levantamento A Nova Classe Média, divulgado nesta terça-feira (5) pelo pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O economista usou dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para traçar um cenário mais aprofundado da atual classe média e seu desenvolvimento nos últimos seis anos, ou seja, durante o governo Lula.

De acordo com Neri, a participação da classe média no total da PEA nas seis principais regiões metropolitanas do País aumentou de 44,19% para 51,89%.
O pesquisador delimitou as rendas domiciliares totais das classes sociais pesquisadas no levantamento. De acordo com ele, a classe E analisada na pesquisa leva em conta renda domiciliar total entre zero e R$ 768 . Já a classe D, os chamados "remediados", tem renda domiciliar entre R$ 768 e R$ 1.064.

Já a classe C, a chamada classe média, tem renda domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.591, enquanto a chamada elite, ou classes A e B, tem renda acima de R$ 4.591.

Neri ressaltou que a redução da pobreza e o crescimento da classe média são reflexo direto do aumento do emprego com carteira assinada - que tem batido recordes sucessivos praticamente todos os meses. Agora, diz o economista, o novo desafio para o Brasil é o iminente "apagão de mão-de-obra": a falta de trabalhadores qualificados para os empregos que estão sendo criados.

"Mesmo com a crise externa, o Brasil vive um momento fantástico. Há uma diminuição da desigualde e um crescimento da classe média, que esteve estagnada nos últimos 20 anos", ressaltou Neri, durante a divulgação da pesquisa, ressaltando que a classe média é "o motor do crescimento e da prosperidade das sociedades".
Outro ponto destacado pelo economista foi uma clara redução nos índices de pobreza e de miséria no período entre 2002 e 2008, já informada pelos institutos de pesquisa como o próprio IBGE. "Estamos tendo uma boa safra de indicadores sociais nunca antes vista", disse.

Ainda segundo a pesquisa, há maior probabilidade de alguém pertencente à classe média ascender para camadas mais altas, atualmente, do que há seis anos. Neri comentou, porém, que um dos pontos fracos também delimitados pela pesquisa é a ausência de mão-de-obra qualificada para cargos com maiores salários.

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