Na platéia, estavam o comandante do Comando Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, e o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra. O militar da reserva é acusado por entidades de direitos humanos de ser um dos torturadores do Doi-Codi (Departamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo. O Doi-Codi foi um órgão de repressão aos militantes que se opuseram à ditadura. Nenhum dos dois quis falar com os jornalistas, limitando-se a dizer: "Nada a declarar".
Em nota divulgada ao final da reunião, os militares dizem que "causou espanto a extemporânea e fora de propósito iniciativa de ministros do atual governo de se voltar a discutir uma lei cujos efeitos positivos se faziam sentir há bastante tempo. Foi um desserviço prestado ao Brasil e com certeza ao próprio governo a que pertencem".
O texto afirma ainda que "se houvesse mesmo interesse em debater problemas nacionais, os dois ministros deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental, ou ainda mais recentemente a gravíssima suspeita de envolvimento de alguns deles com as Farc".
A nota não menciona os nomes dos ministros a que se refere, mas, segundo o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, eles são os da Justiça, Tarso Genro, e dos Dirteitos Humanos, Paulo Vanucchi.
Num bate-boca com os manifestantes, deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), capitão reformado do Exército disse: "O único erro foi torturar e não matar".
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