quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Da série "O DESMANCHA PRAZERES"

IGP-M tem variação nula na primeira prévia de setembro (DEFLAÇÃO)


O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) fechou os primeiros dez dias de setembro (decêndio) com taxa de variação nula. De acordo com dados divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no mesmo período de agosto, havia sido registrada deflação de 0,01%.

O indicador, que é utilizado como balizador para reajustes em contratos de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de aluguel, acumula no ano alta de 8,35% e nos últimos 12 meses, de 12,19%.

Entre os índices que compõem o IGP-M, aquele que mede a evolução dos preços por atacado (IPA) teve queda de 0,14% na primeira leitura do mês, menos intensa do que a verificada em igual período de agosto (-0,24%). Os produtos agropecuários caíram 2,26%, depois de queda de 2,91% no mês anterior. Já os industriais sofreram elevação de 0,65%, seguindo alta de 0,82%.

Na análise por estágios de produção, as matérias-primas brutas apresentaram queda de 1,50%. No primeiro decêndio de agosto, elas haviam caído 2,79%. Já os bens intermediários diminuíram o ritmo de crescimento, fechando os dez primeiros dias de setembro com alta de 0,89%, após elevação de 0,99%. Último estágio observado, os bens finais caíram 0,30%, após alta de 0,55% no mês anterior. O IPA responde por 60% da formação do IGP-M.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, recuou entre um mês e outro, passando de alta de 0,07% para queda de 0,08%. A desaceleração foi puxada pela queda mais intensa verificada em alimentação, cuja taxa passou de 0,59% para -1,02%. As principais contribuições negativas foram exercidas por hortaliças e legumes (de -4,17% para -8,42%), arroz e feijão (de -0,39% para -3,49%) e laticínios (de -0,51% para -1,73%).

Também foram verificadas quedas em habitação (de 0,64% para 0,25%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,62% para 0,44%). Em movimento oposto, tiveram acréscimos em suas taxas os grupos educação, leitura e recreação (de -0,04% para 0,51%), despesas diversas (de 0,34% para 1,03%), vestuário (de -0,69% para -0,28%) e transportes (de 0,03% para 0,15%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por 10% da composição do índice global, desacelerou, passando de 1,40% para 1,17%. O índice relativo a materiais e serviços registrou variação de 1,99%. No mês anterior, a taxa havia sido de 2,00%.

O índice que representa o custo da mão-de-obra variou 0,23% no primeiro decêndio de setembro. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice apresentou variação de 0,73%.
O IGP-M do primeiro decêndio de setembro compreendeu o período entre os dias 21 e 31 do mês de agosto.

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