A prisão injusta de três inocentes em São Paulo
Maníaco de Guarulhos confessa ter matado jovem de 22 anos e livra da cadeia três homens que estão presos há dois anos por um crime que não cometeram.
A confissão de crimes por um homem preso na Grande São Paulo revelou nesta terça a perversidade de um maníaco e a prisão injusta de três inocentes. A reportagem é de Maurício Ferraz.
Os promotores seguem para o Presídio de Guarulhos, onde os acusados de um homicídio estão presos. Renato Correia de Brito, Willian César de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva foram denunciados pela morte de Vanessa Batista de Freitas, de 22 anos. Ela foi encontrada morta num terreno baldio, em Guarulhos, em agosto de 2006.
No mesmo dia, policiais militares prenderam Renato, com quem Vanessa tinha um filho. Levaram também os dois amigos dele, que sempre negaram o crime.
Esta semana, a reviravolta: um homem assumiu a autoria do assassinato. Ele se chama Leandro Basílio Rodrigues e ficou conhecido como o maníaco de Guarulhos, indiciado pela morte de quatro mulheres na cidade.
Os detalhes do crime revelados pelo maníaco de Guarulhos deram à Promotoria a certeza de que ele era de fato o autor do assassinato e a convicção: três homens foram acusados injustamente e estão presos há dois anos por um crime que não cometeram. Na noite desta terça, os promotores pediram à Justiça a libertação deles.
Na segunda, na cadeia, Renato, um dos acusados, declarou que, no momento da prisão, os policiais militares exigiram R$ 20 mil para permitir que ele tentasse fugir. Foi agredido, inclusive na delegacia, com choques elétricos e foi sufocado com um saco de lixo.
Outro disse que todos foram ameaçados para não revelar as agressões quando fizeram exame de corpo de delito. Só assinou a confissão por ter sido sufocado pelo delegado com um saco plástico.
O terceiro declarou que foi sufocado com um saco preto, foi pressionado a assinar um depoimento na delegacia, mas, inicialmente, se negou. Depois, assinou uma papelada, mas não sabe dizer seu conteúdo.
O promotor Marcelo Oliveira, que denunciou os três, é o mesmo que pediu a libertação. Na noite desta terça, ele falou sobre o erro.
“A tortura é o maior meio de injustiça que pode haver. A tortura contamina todo o processo e esse processo, depois desses indícios de que a confissão foi obtida mediante tortura, está completamente fadado ao insucesso, à improcedência”.
A denúncia de tortura contra os três rapazes será apurada pela Promotoria de Guarulhos. Os policiais envolvidos no caso serão chamados para depor. A Secretaria de Segurança Pública do Estado ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Maníaco de Guarulhos confessa ter matado jovem de 22 anos e livra da cadeia três homens que estão presos há dois anos por um crime que não cometeram.
A confissão de crimes por um homem preso na Grande São Paulo revelou nesta terça a perversidade de um maníaco e a prisão injusta de três inocentes. A reportagem é de Maurício Ferraz.
Os promotores seguem para o Presídio de Guarulhos, onde os acusados de um homicídio estão presos. Renato Correia de Brito, Willian César de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva foram denunciados pela morte de Vanessa Batista de Freitas, de 22 anos. Ela foi encontrada morta num terreno baldio, em Guarulhos, em agosto de 2006.
No mesmo dia, policiais militares prenderam Renato, com quem Vanessa tinha um filho. Levaram também os dois amigos dele, que sempre negaram o crime.
Esta semana, a reviravolta: um homem assumiu a autoria do assassinato. Ele se chama Leandro Basílio Rodrigues e ficou conhecido como o maníaco de Guarulhos, indiciado pela morte de quatro mulheres na cidade.
Os detalhes do crime revelados pelo maníaco de Guarulhos deram à Promotoria a certeza de que ele era de fato o autor do assassinato e a convicção: três homens foram acusados injustamente e estão presos há dois anos por um crime que não cometeram. Na noite desta terça, os promotores pediram à Justiça a libertação deles.
Na segunda, na cadeia, Renato, um dos acusados, declarou que, no momento da prisão, os policiais militares exigiram R$ 20 mil para permitir que ele tentasse fugir. Foi agredido, inclusive na delegacia, com choques elétricos e foi sufocado com um saco de lixo.
Outro disse que todos foram ameaçados para não revelar as agressões quando fizeram exame de corpo de delito. Só assinou a confissão por ter sido sufocado pelo delegado com um saco plástico.
O terceiro declarou que foi sufocado com um saco preto, foi pressionado a assinar um depoimento na delegacia, mas, inicialmente, se negou. Depois, assinou uma papelada, mas não sabe dizer seu conteúdo.
O promotor Marcelo Oliveira, que denunciou os três, é o mesmo que pediu a libertação. Na noite desta terça, ele falou sobre o erro.
“A tortura é o maior meio de injustiça que pode haver. A tortura contamina todo o processo e esse processo, depois desses indícios de que a confissão foi obtida mediante tortura, está completamente fadado ao insucesso, à improcedência”.
A denúncia de tortura contra os três rapazes será apurada pela Promotoria de Guarulhos. Os policiais envolvidos no caso serão chamados para depor. A Secretaria de Segurança Pública do Estado ainda não se pronunciou sobre o assunto.
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