Ibope e Datafolha tentam repetir Proconsult
Pretendem ganhar nas pesquisas, anulando o voto, a urna e o povo
Nessa questão envolvendo o Datafolha e o Ibope, claro o Datafolha tem razão. Fernando Gabeira também quando ataca o Ibope. Os argumentos da gerente de Pesquisas do Ibope, Márcia Cavalari, não convencem ninguém. O Datafolha, aliás como registrei anteriormente, apontou 15 para Gabeira. O Ibope, 10 pontos. Em relação a Marcelo Crivela, o Datafolha deu 18, o Ibope 24 por cento. Não pode ser. Crivela pode ter estacionado, mas nunca subido. Inclusive, chance para Gabeira, é Eduardo Paes subir ainda mais arrebatando votos de Crivela nas áreas de menor renda.
Mas a questão não é só essa. Márcia Cavalari diz que a diferença resulta de "metodologias diferentes". Aí está ressuscitando Arcádio Vieira e a Rede Globo no caso Proconsult, 82, que culminou com a demissão de Homero Icaza Sanches do cargo de diretor de Pesquisas Mercadológicas dessa TV.
Homero alertou Brizola sobre a tentativa de fraude. Metodologia não é explicação. As metodologias podem variar, mas os resultados terão que se aproximar. O pesquisador não pode influir na resposta dos entrevistados em matéria de intenção de voto. Se alguém fizer uma pesquisa e a NASA também, a NASA terminará mais rápido. Porém o resultado tem que ser o mesmo. Já que nem você, nem a NASA podem alterar os números e as tendências.
Esta, inclusive, foi a discussão que Pedro do Coutto, então no JB, manteve com o diretor do Cérebro Eletrônico do Jornal, Tadeu Lanes. Pedro estava certo. Nascimento Brito demitiu Tadeu Lanes. Agora, o que, através do Ibope, Sérgio Cabral quer fazer é desanimar a corrente de Gabeira e colocar o segundo turno entre Paes e Crivela. Aí é facílimo para Paes.
Mas se o Datafolha leva nítida vantagem no Rio, em São Paulo sua posição é indefensável. Repetidamente coloca o prefeito Kassab como "tendo ultrapassado Alckmin, e Marta Suplicy disparada no primeiro turno", faz para o segundo turno simulação inteiramente disparatada.
Num possível segundo turno Dona Marta-Kassab prevê o seguinte resultado: a candidata do PT-PT, 37 por cento, o do DEM-PSDB, 23 por cento. E onde estão ou estarão os outros 40 por cento, pois esses dois, segundo o Datafolha, somam apenas 60 por cento? 40 por cento de ausentes, brancos ou nulos? Inédito.
O Datafolha faz simulação também entre Dona Marta e Alckmin e aí abre completamente o flanco, pesquisando dá o seguinte resultado: Dona Marta 37 por cento, Alckmin os mesmos 37. Onde é que Alckmin irá buscar os votos que aparentemente não terá no primeiro turno nesse misterioso segundo?
É bem verdade que nessa simulação com Alckmin (candidato oficial do PSDB, o extra-oficial é Kassab) o Datafolha "encontrou" 74 por cento de votantes, mais 14 por cento do total achado para o primeiro turno. Esses 14 por cento terão que ir todos para Alckmin. E sem os votos do terceiro colocado, o prefeito candidato, todos os outros reunidos não chegam a 14 por cento.
A não ser que além da simulação o Datafolha esteja fazendo também adivinhação. Pois admitir empate entre Dona Marta e Alckmin no primeiro turno, vitória dele no segundo, só com os votos de Kassab. Serra mandaria ou mandará os "kassabistas" votarem em Alckmin? É mais fácil mandar votar em Dona Marta.
Para justificar ou explicar a baixa penetração de sua candidatura a prefeita, Cesar Maia levanta a hipótese do Ibope ter sido invadido por um hacker que teria alterado as pesquisas e mudado os votos. Ha! Ha! Ha!
Só mesmo o alcaide-factóide-debilóide. Apoiou a mesma candidata a governador, ficou longe. (Ele também já foi candidato a governador, derrotadíssimo). Solange Amaral não deve passar de 5 por cento.
PS - Eduardo Paes (se não for considerado inelegível), Gabeira e Jandira são os únicos que podem ser prefeitos. Por causa da enorme rejeição, Crivela talvez vá para o segundo turno, só que não ganha de ninguém.
PS 2 - Gabeira ou Jandira, se forem para o segundo turno, farão seguramente uma poderosa frente ampla. Todos os partidos ou personalidades estarão contra a "aliança do mal", Paes, Cabral, Picciani
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