A MÃO INVISÍVEL MENDIGA
A mão invisível do mercado, aquela que sempre se arvorou como a única capaz de ordená-lo adequadamente, está estendida há semanas pedindo esmolas do Estado que sempre condenou. Como os mendigos mais abandonados, ela expõe suas chagas em Wall Street e outros pregões do mundo, enquanto vê sangrar suas últimas resistências.
Os Bancos Centrais correm para estancar a hemorragia que atravessa continentes e ameaça jogar o mundo em terrível recessão. Ninguém sabe o tamanho da doença. Já se fala em astronômicos 12 trilhões de dólares, mas pode ser mais diante da falta de conhecimento da verdadeira contabilidade das instituições financeiras. Os títulos podres se espalharam feito câncer, contaminando corpos dos Estados Unidos à Ásia, passando como um furacão pela Europa.
O curioso é que o mercado continua sendo tratado com um ente indefinido, aquele que fica nervoso quando tempestades atingem o golfo do México ou uma guerra se inicia em alguma parte do mundo, mas cuja identidade ninguém conhece.
O que está acontecendo agora no mundo tem responsáveis claros, com nome, endereço e identidade. Além dos Tesouros nacionais deviam estar em cena os Judiciários de cada país investigando como se desenrolou a ciranda dos papéis sem lastro e botando na cadeia seus operadores.
Por conta de irresponsabilidade e ganância de alguns, o mundo todo está pagando. A questão ultrapassou fronteiras nacionais e talvez o mais recomendável fosse uma corte internacional que fizesse um grande julgamento, similar ao dos criminosos de guerra, levando ao banco dos réus banqueiros e empresários inescrupulosos.
No Brasil, duas empresas tiveram perdas enormes em seu valor de mercado porque apostaram alto no mercado futuro e caíram do cavalo. Em uma delas, o diretor financeiro foi demitido. Certamente vislumbrava um bônus colossal, semelhante aos de Wall Street, quando apostou o dinheiro da empresa numa operação arriscada.
Foi esta lógica que orientou bancos e empresas nos EUA e Europa. A lógica da vantagem, de ganhar muito em pouco tempo, com base na especulação e na falta de lastro real. Assim, além de recapitalizar o sistema financeiro, os Estados nacionais, de comum acordo, deveriam colocar algemas na mão invisível, controlando todos os seus movimentos e em alguns casos a deixando atrás das grades.
A mão invisível do mercado, aquela que sempre se arvorou como a única capaz de ordená-lo adequadamente, está estendida há semanas pedindo esmolas do Estado que sempre condenou. Como os mendigos mais abandonados, ela expõe suas chagas em Wall Street e outros pregões do mundo, enquanto vê sangrar suas últimas resistências.
Os Bancos Centrais correm para estancar a hemorragia que atravessa continentes e ameaça jogar o mundo em terrível recessão. Ninguém sabe o tamanho da doença. Já se fala em astronômicos 12 trilhões de dólares, mas pode ser mais diante da falta de conhecimento da verdadeira contabilidade das instituições financeiras. Os títulos podres se espalharam feito câncer, contaminando corpos dos Estados Unidos à Ásia, passando como um furacão pela Europa.
O curioso é que o mercado continua sendo tratado com um ente indefinido, aquele que fica nervoso quando tempestades atingem o golfo do México ou uma guerra se inicia em alguma parte do mundo, mas cuja identidade ninguém conhece.
O que está acontecendo agora no mundo tem responsáveis claros, com nome, endereço e identidade. Além dos Tesouros nacionais deviam estar em cena os Judiciários de cada país investigando como se desenrolou a ciranda dos papéis sem lastro e botando na cadeia seus operadores.
Por conta de irresponsabilidade e ganância de alguns, o mundo todo está pagando. A questão ultrapassou fronteiras nacionais e talvez o mais recomendável fosse uma corte internacional que fizesse um grande julgamento, similar ao dos criminosos de guerra, levando ao banco dos réus banqueiros e empresários inescrupulosos.
No Brasil, duas empresas tiveram perdas enormes em seu valor de mercado porque apostaram alto no mercado futuro e caíram do cavalo. Em uma delas, o diretor financeiro foi demitido. Certamente vislumbrava um bônus colossal, semelhante aos de Wall Street, quando apostou o dinheiro da empresa numa operação arriscada.
Foi esta lógica que orientou bancos e empresas nos EUA e Europa. A lógica da vantagem, de ganhar muito em pouco tempo, com base na especulação e na falta de lastro real. Assim, além de recapitalizar o sistema financeiro, os Estados nacionais, de comum acordo, deveriam colocar algemas na mão invisível, controlando todos os seus movimentos e em alguns casos a deixando atrás das grades.
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