O PT manteve nas eleições municipais de 2008 sua trajetória de crescimento, que vem desde a fundação do partido. Elegemos 559 prefeitos e prefeitas, crescendo 36% em relação aos eleitos em 2004 e 43% se comparado com os atuais prefeitos em exercício.
Participamos, como vice em alianças com outros partidos, de outras 429 vitórias, 37% mais do que nas eleições municipais passadas. Elegemos 4.166 vereadores e vereadoras, 13% a mais do que em 2004.
No segundo turno, fomos o partido mais votado, com 5,1 milhões de votos recebidos. Disputamos quinze segundos turnos, vencemos em oito. Entre as cidades com mais de 150 mil eleitores, passamos de 22 para 31, crescimento de 40,9%. Obtivemos também a maior taxa de reeleição entre os partidos: 56% dos prefeitos e prefeitas do PT reelegeram-se ou fizeram o sucessor.
A base municipal do governo Lula cresceu fortemente e vai governar 72% do eleitorado brasileiro, incluindo 20 das 26 capitais.
O resultado eleitoral é francamente positivo. No entanto, devemos avaliar com profundidade também as dificuldades que enfrentamos. Não conseguimos vencer em três capitais no segundo turno, apesar da garra da militância e dos candidatos e candidatas que lutaram até o ultimo minuto para buscar o caminho da vitória.
Em alguns estados, nosso desempenho ficou aquém do esperado. É preciso que as direções estaduais façam uma avaliação sobre os obstáculos encontrados, apontando a estratégia de crescimento para 2010.
Registramos, com satisfação, que a atuação do PT puxou a agenda política do país para a esquerda. Programas de geração de emprego e de transferência de renda, os CEUs, o bilhete único e outras políticas públicas criadas ou consolidadas pelo PT são temas defendidos por candidatos de vários partidos, até mesmo os mais conservadores.
Saudamos os milhares de petistas que se desdobraram nas eleições municipais para defender a bandeira do partido, a estrela e o 13, que souberam construir alianças programáticas, que se esforçaram para construir vitórias e acúmulos de força.
Saudamos também a democracia brasileira, que se constrói no cotidiano das lutas, mas especialmente nos momentos eleitorais, quando o povo pode debater mais intensamente a força do seu voto e a construção de uma nação justa.
Encerradas as eleições, é hora de concentrarmos nossos esforços na agenda política do país: no enfrentamento da crise financeira mundial, nas votações no parlamento, nas lutas populares, na coesão de nossa base partidária.
O PT sai vitorioso dessa disputa, sabendo que "se muito vale o já feito, mais vale o que será... e o que foi feito é preciso conhecer, para melhor prosseguir".
Brasília, 27 de outubro de 2008.
,Comissão Executiva Nacional
Partido dos Trabalhadores
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