quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Da série "o desmancha prazeres"

Dívida pública brasileira cai para 36,6% do PIB


A dívida líquida do setor público chegou, em outubro, a R$ 1,088 trilhão, o que corresponde a 36,6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Segundo o Banco Central, esse foi o melhor resultado desde setembro de 1998 (36,5% do PIB).


Em relação a setembro, a redução na dívida foi 1,6 ponto percentual. De acordo com o Banco Central, a desvalorização cambial no mês foi responsável pela redução de R$ 34,1 bilhões ou 1,1 ponto percentual do PIB.


Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o único efeito da crise na dívida do setor público está na desvalorização do real ante o dólar, o que contribui para a redução do endividamento. "O [valor do dólar] ajuda, uma vez que a dívida líquida indexada ao câmbio é ativa", disse. Isso significa que o Brasil tem mais ativos do que dívida em dólar.


No acumulado do ano, a redução da dívida foi de 6 pontos percentuais do PIB, com contribuição do superávit primário (economia que o governo faz para honrar seus compromissos, inclusive pagamento de juros) de 4,5 pontos percentuais, valorização do PIB (4 pontos percentuais), ajuste da desvalorizçaão cambial de 19,4% no acumulado do ano (2,1 pontos percentuais) e ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (0,1 ponto percentual).


A projeção do BC para novembro é de uma relação entre dívida e PIB de 35,7%. Quanto menor a relação entre dívida e PIB, maior a confiança dos investidores de que o país honrará os seus compromissos.


Em tempo: no mês de julho de 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, a relação da dívida pública com o PIB chegou a 61,9%. No início de 1995, quando o ex-presidente assumiu o cargo, ela era de 30,2%.


www.vermelho.org.br
com informações da Agência Brasil

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