sábado, 27 de dezembro de 2008

Apesar do registro de domínios desacelerar em todo mundo, Brasil sobe do nono para oitavo lugar



Registro de domínios desacelera

SÃO PAULO - O registro de endereços na internet, que vinha crescendo cerca de 30% ao ano, avançou somente 19% no terceiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2007, chegando a 174 milhões em todo o mundo. "Os efeitos da crise só devem ser sentidos neste trimestre", disse Erica Saito, gerente de Marketing para América Latina da VeriSign. "É a primeira vez que o crescimento fica abaixo de 20%." A VeriSign é responsável pelo registro dos endereços com final .com e .net.



No ranking dos códigos de países, o Brasil (.br) subiu do nono para o oitavo lugar. O registro de endereços com final .br recebeu o incentivo de uma mudança na política do Comitê Gestor da Internet no Brasil em maio, que passou a registrar em endereços para pessoas físicas. Antes, a entidade exigia um número de CNPJ para fazer o registro. Existem atualmente cerca de 1,5 milhão de registros .br, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil.

O país com mais endereços de internet na América Latina é a Argentina (.ar), com cerca de 1,8 milhão registrados. Ela está em sexto lugar no ranking dos domínios de países. "Na Argentina, o registro é gratuito", explicou Erica. "Somente 20% são de verdade, entre 350 mil e 400 mil." No Brasil, a taxa para registro do domínio .br custa cerca de R$ 30 por ano.

No trimestre passado, foram registrados 11,5 milhões de endereços, o que representou uma queda de 2% tanto em relação ao segundo trimestre quanto ao mesmo período de 2007. O registro de domínios .com e .net, mais usados nos Estados Unidos, somou 6,9 milhões entre julho e setembro, uma queda de 9% em relação ao trimestre anterior e de 8% sobre o mesmo período de 2007.

Cerca de 8% da base registrada de .com e .net tem como objetivo gerar receita com publicidade online. "Este último segmento revelou-se especialmente fraco mais uma vez no terceiro trimestre, devido em parte às mudanças no programa Ad-Sense do Google e à redução de investimentos com publicidade na internet", informou a empresa, em comunicado.

No Brasil, existiam 44,9 milhões de internautas no fim do ano passado, segundo o Comitê Gestor da Internet no País. O Ibope NetRatings aponta que havia 36,3 milhões de brasileiros com acesso à rede mundial em casa no fim do terceiro trimestre, sendo que 24,4 milhões usaram o serviço pelo menos uma vez. Do total de internautas, 70% têm banda larga.

Vídeo
Em seu relatório, a VeriSign destacou a maturidade do mercado de vídeos na internet. Cerca de 80% dos internautas dos Estados Unidos assistem vídeos online pelo menos uma vez por mês Até 2002, devem chegar a 88%, ou cerca de 190 milhões de pessoas. As mulheres são 55% dos espectadores da web, o que reflete a divisão entre os gêneros em relação à TV convencional.

Entre os que têm banda larga em casa, 92% vêem vídeos online ocasionalmente nos EUA. Mais de um terço dos que têm de 18 a 29 anos assistem diariamente. Notícias, atualidades e comédias são os tipos de vídeo mais populares, seguidos de trailers de filmes Os internautas costumam ver clipes com duração de um a cinco minutos. Os mais populares têm até três minutos.

Apenas 10% dos internautas americanos publicam seus vídeos na internet. Entre o grupo de internautas de 18 a 29 anos, essa parcela aumenta para 15%. Três quartos dos internautas usam mecanismos de busca para encontrar vídeos interessantes. Quarenta e seis por cento preferem vídeos com qualidade profissional.

Nenhum comentário:

Marcadores