Cantanhêde salva o PIG
A “Roda de Vivos” prometia ser uma pantomima. Todos os entrevistadores escalados para interpelar o presidente do STF eram tidos como nada mais, nada menos do que seus afáveis e colaborativos compadres, o que fazia prever um convescote monótono. Mas não foi nada disso. O programa foi vibrante, graças à inteligência maquiavélica de Eliane Cantanhêde, com a participação coadjuvante de Lilian Witte Fibe, mediadora do programa.
Eliane, para que se tenha uma idéia, vestiu-se inteirinha de vermelho, no melhor estilo Marta Suplicy ou Marisa Letícia Lula da Silva, e foi incisiva, questionadora, sabendo ser irônica, contrapondo-se às figuras esquisitas de um Reinaldo Azevedo ou das lesmas apagadas do Estadão e do Consultor Jurídico, das quais mal lembro os nomes. Ah, Lilian também tentou representar o contraponto, mas não passou da figuração mesmo. Fez uns questionamentos, mas não soube sustentá-los - e tampouco se empenhou muito para fazê-lo.
Mas Eliane fez o circo pegar fogo. Chegou a perguntar a Mendes por que, no STF, preto, pobre e prostituta não têm vez, ou se estarem contra ele (Mendes) tantos juízes, advogados, procuradores do MPF e a opinião pública inteira não revela que algo estranho acontece. Foi no fim do programa e Eliane sustentou com brilhantismo sua argumentação.
Poderia estar elogiando o profissionalismo da jornalista da Folha de São Paulo, mas estou elogiando apenas sua inteligência. Ela, mais do que Witte Fibe e aqueles que devem ter-lhe aceitado a sugestão na tevê do Serra, sabia do papel ridículo que todos fariam se deixassem que Azevedo e as duas outras lesmas ficassem paparicando Mendes o tempo todo.
Tivessem, Eliane ou Lilian, perguntado a Mendes sobre suas relações com o PSDB e com o PFL, se tivessem tocado uma só vez no nome de algum tucano graúdo da mesma forma como se exauriram todos ali de tocar sem parar no nome de Lula, se tivessem feito os questionamentos sobre partidarismo do presidente do STF, se tivessem dito os nomes proibidos de Serra ou de FHC, daí talvez toda a brilhante encenação de Eliane pudesse ser levada a sério.
Era para ser uma pantomina, a Roda de Vivos desta segunda-feira. Mas não foi, não senhor - ou senhora. Ah, mas não foi mesmo Foi apenas mais uma farsa, ainda que um pouco melhor engendrada do que de costume.
A “Roda de Vivos” prometia ser uma pantomima. Todos os entrevistadores escalados para interpelar o presidente do STF eram tidos como nada mais, nada menos do que seus afáveis e colaborativos compadres, o que fazia prever um convescote monótono. Mas não foi nada disso. O programa foi vibrante, graças à inteligência maquiavélica de Eliane Cantanhêde, com a participação coadjuvante de Lilian Witte Fibe, mediadora do programa.
Eliane, para que se tenha uma idéia, vestiu-se inteirinha de vermelho, no melhor estilo Marta Suplicy ou Marisa Letícia Lula da Silva, e foi incisiva, questionadora, sabendo ser irônica, contrapondo-se às figuras esquisitas de um Reinaldo Azevedo ou das lesmas apagadas do Estadão e do Consultor Jurídico, das quais mal lembro os nomes. Ah, Lilian também tentou representar o contraponto, mas não passou da figuração mesmo. Fez uns questionamentos, mas não soube sustentá-los - e tampouco se empenhou muito para fazê-lo.
Mas Eliane fez o circo pegar fogo. Chegou a perguntar a Mendes por que, no STF, preto, pobre e prostituta não têm vez, ou se estarem contra ele (Mendes) tantos juízes, advogados, procuradores do MPF e a opinião pública inteira não revela que algo estranho acontece. Foi no fim do programa e Eliane sustentou com brilhantismo sua argumentação.
Poderia estar elogiando o profissionalismo da jornalista da Folha de São Paulo, mas estou elogiando apenas sua inteligência. Ela, mais do que Witte Fibe e aqueles que devem ter-lhe aceitado a sugestão na tevê do Serra, sabia do papel ridículo que todos fariam se deixassem que Azevedo e as duas outras lesmas ficassem paparicando Mendes o tempo todo.
Tivessem, Eliane ou Lilian, perguntado a Mendes sobre suas relações com o PSDB e com o PFL, se tivessem tocado uma só vez no nome de algum tucano graúdo da mesma forma como se exauriram todos ali de tocar sem parar no nome de Lula, se tivessem feito os questionamentos sobre partidarismo do presidente do STF, se tivessem dito os nomes proibidos de Serra ou de FHC, daí talvez toda a brilhante encenação de Eliane pudesse ser levada a sério.
Era para ser uma pantomina, a Roda de Vivos desta segunda-feira. Mas não foi, não senhor - ou senhora. Ah, mas não foi mesmo Foi apenas mais uma farsa, ainda que um pouco melhor engendrada do que de costume.
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