Já falta carro zero nas concessionárias
Redução do imposto na compra do automóvel, anunciada na semana passada, leva à alta das vendas, à redução dos estoques e, em alguns casos, à dificuldade de achar o produto
A concessionária não tem o carro do jeito que eu quero para pronta-entrega - Dante Fagundes, engenheiro eletricista
Depois da redução do consumo, estoques lotados, férias coletivas, demissões e queda da produção, nem mesmo os mais otimistas acreditavam que o mercado automotivo daria uma reviravolta ainda este ano. O anúncio inesperado da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada, contudo, já inverteu a tendência. As vendas nas concessionárias aceleraram e muitas já aceitam encomenda de carros para entrega em janeiro. Entre os modelos estão versões do Focus e Ka (Ford), Fox, Voyage e Bora (Volkswagen), Strada Adventure Locker e Punto (Fiat).
“Meu estoque está grande. Mas já faltam algumas versões e na primeira quinzena ficará ainda mais difícil fazer a entrega imediata, por causa das férias coletivas das montadoras. Acredito que as entregas retornarão só depois de 10 de janeiro”, afirmou o gerente Comercial da Pisa, Antônio Longuinho Costa. Segundo ele, não são só os carros populares que têm boa saída. “Temos fila para a compra do Focus Ghia Hatch e do Ghia Sedan. Dezessete pessoas deram o sinal”, comemorou a reviravolta.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse na segunda-feira que a venda de carros novos cresceu 30% somente no domingo, devido à redução do IPI. No último fim de semana, diversas montadoras realizaram feirões para estimular a venda de veículos após o setor ter registrado declínio de 25% em novembro, na comparação com o mês anterior.
Para enfrentar a escassez do crédito e a insegurança do consumidor, as principais montadoras repassaram o desconto integral do IPI ao preço dos carros. Os modelos populares (com motor 1.0), que representam 60% das vendas das concessionárias, ficaram em média 7% mais baratos, diante da isenção total do IPI até 31 de março. Carros com motores 1.4 a 2.0 tiveram o imposto reduzido à metade, para 5,5% e 6,5%, dependendo do tipo de combustível.
O engenheiro eletricista Dante Alexandre Fagundes comprou um Volkswagen Bora, na versão 2.0. Com sorte ele irá receber, em 10 dias, o carro, na cor escolhida e com todos os opcionais. "A concessionária não tem o carro, do jeito que eu quero, para pronta-entrega. Vou esperar um pouco, mas vale a pena. Paguei R$ 58 mil, há 15 dias este mesmo modelo custava R$ 62 mil", explicou.
A sorte do engenheiro começa a se tornar pouco comum. “Algumas versões já começam a faltar em cores muito procuradas, como a prata, se tornando ainda mais difíceis quando entram acessórios, como air bag, direção hidramática, rodas específicas e estofados em couro”, diz o gerente Comercial da Tecar, Rafael Sartori. O Fiat Punto, por exemplo, já não é encontrado em todas as versões. Como o prazo de entrega das montadoras é de 45 dias em média, podendo chegar a três meses em período de férias coletivas, as concessionárias tentam convencer pelo bolso.
De acordo com o diretor da Mila Volkswagen, Antônio João Teixeira, a “burocracia” também pode atrasar a entrega dos veículos que estavam em estoque. “Temos 200 carros novos, dos quais teremos que devolver as notas fiscais para a Volkswagen refaturar. Só depois vamos poder emplacar o carro. Estou prevendo de 10 a 15 dias”, explicou.
O gerente de vendas da Líder BH, Dálcio Carneiro, espera, com as medidas anunciadas pelo governo, zerar o estoque até o final do ano. “O atraso para entrega decorrerá apenas da logística do refaturamento da nota em função dos feriados”, ponderou. O estoque da concessionária Strada também é grande, mas “se o ritmo de agora continuar, vai faltar carro”, disse animado o supervisor de Vendas, Felipe Pessoa. “O IPI mudou tudo.”
Depois da redução do consumo, estoques lotados, férias coletivas, demissões e queda da produção, nem mesmo os mais otimistas acreditavam que o mercado automotivo daria uma reviravolta ainda este ano. O anúncio inesperado da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada, contudo, já inverteu a tendência. As vendas nas concessionárias aceleraram e muitas já aceitam encomenda de carros para entrega em janeiro. Entre os modelos estão versões do Focus e Ka (Ford), Fox, Voyage e Bora (Volkswagen), Strada Adventure Locker e Punto (Fiat).
“Meu estoque está grande. Mas já faltam algumas versões e na primeira quinzena ficará ainda mais difícil fazer a entrega imediata, por causa das férias coletivas das montadoras. Acredito que as entregas retornarão só depois de 10 de janeiro”, afirmou o gerente Comercial da Pisa, Antônio Longuinho Costa. Segundo ele, não são só os carros populares que têm boa saída. “Temos fila para a compra do Focus Ghia Hatch e do Ghia Sedan. Dezessete pessoas deram o sinal”, comemorou a reviravolta.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse na segunda-feira que a venda de carros novos cresceu 30% somente no domingo, devido à redução do IPI. No último fim de semana, diversas montadoras realizaram feirões para estimular a venda de veículos após o setor ter registrado declínio de 25% em novembro, na comparação com o mês anterior.
Para enfrentar a escassez do crédito e a insegurança do consumidor, as principais montadoras repassaram o desconto integral do IPI ao preço dos carros. Os modelos populares (com motor 1.0), que representam 60% das vendas das concessionárias, ficaram em média 7% mais baratos, diante da isenção total do IPI até 31 de março. Carros com motores 1.4 a 2.0 tiveram o imposto reduzido à metade, para 5,5% e 6,5%, dependendo do tipo de combustível.
O engenheiro eletricista Dante Alexandre Fagundes comprou um Volkswagen Bora, na versão 2.0. Com sorte ele irá receber, em 10 dias, o carro, na cor escolhida e com todos os opcionais. "A concessionária não tem o carro, do jeito que eu quero, para pronta-entrega. Vou esperar um pouco, mas vale a pena. Paguei R$ 58 mil, há 15 dias este mesmo modelo custava R$ 62 mil", explicou.
A sorte do engenheiro começa a se tornar pouco comum. “Algumas versões já começam a faltar em cores muito procuradas, como a prata, se tornando ainda mais difíceis quando entram acessórios, como air bag, direção hidramática, rodas específicas e estofados em couro”, diz o gerente Comercial da Tecar, Rafael Sartori. O Fiat Punto, por exemplo, já não é encontrado em todas as versões. Como o prazo de entrega das montadoras é de 45 dias em média, podendo chegar a três meses em período de férias coletivas, as concessionárias tentam convencer pelo bolso.
De acordo com o diretor da Mila Volkswagen, Antônio João Teixeira, a “burocracia” também pode atrasar a entrega dos veículos que estavam em estoque. “Temos 200 carros novos, dos quais teremos que devolver as notas fiscais para a Volkswagen refaturar. Só depois vamos poder emplacar o carro. Estou prevendo de 10 a 15 dias”, explicou.
O gerente de vendas da Líder BH, Dálcio Carneiro, espera, com as medidas anunciadas pelo governo, zerar o estoque até o final do ano. “O atraso para entrega decorrerá apenas da logística do refaturamento da nota em função dos feriados”, ponderou. O estoque da concessionária Strada também é grande, mas “se o ritmo de agora continuar, vai faltar carro”, disse animado o supervisor de Vendas, Felipe Pessoa. “O IPI mudou tudo.”
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