quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Engraçado, né não? Lula foi responsabilizado pela QUEDA DO AVIÃO...


Mas polícia de São Paulo descarta responsabilidade da Prefeitura de SP sobre queda do teto da Igreja Renascer.

O delegado da Polícia Civil Dejar Gomes Neto, da seccional do centro, afirmou nesta quinta-feira que o Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), da Prefeitura de São Paulo, apresentou documentos comprovando que fiscalizou a sede da Igreja Renascer em Cristo, no Cambuci (centro), em junho de 2007. O desabamento do teto da igreja, ocorrido neste domingo (18), deixou nove mortos e mais de cem feridos.

A polícia ouviu os depoimentos de Vagner Monfardini Pasotti, diretor do Contru, e Sílvio De Sicco, diretor de fiscalização de locais para receber mais de 500 pessoas.

Veja a cobertura completa sobre o desabamento na Renascer

Segundo o delegado, em 2007, a vistoria foi realizada "pessoalmente" por De Sicco, e o órgão atestou que a estrutura era "segura". Em julho de 2008, foi expedido um novo alvará de funcionamento à igreja --válido até julho de 2009-- dessa vez, sem vistoria. "Porque o Contru não foi avisado de que havia sido feita uma reforma", afirmou.

Desabamento do teto da sede da Renascer deixou 9 mortos e mais de cem feridos; demolição está prevista para esta sexta-feira.

Entre agosto e novembro de 2008, a Etersul Coberturas --empresa sem registro no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura)-- realizou a reforma no teto da igreja. A empresa diz ter trocado 1.600 telhas do templo sem a orientação de um engenheiro. Seu proprietário, Daniel dos Anjos, diz não ver necessidade de engenheiro para trocar telhas, apesar da exigência do Crea.

"Pelos documentos apresentados pelo Contru, ficou claro que eles fizeram o que a lei manda", disse. Até esta quinta-feira, a Polícia Civil ainda não havia ouvido nenhum dirigente da Renascer sobre o caso. Os dirigentes da Renascer deverão ser ouvidos na próxima semana.

Segundo o delegado, após o desabamento, os dirigentes do Contru voltaram ao templo, onde verificaram a existência de telhas novas, além de "claros indícios" de equipamentos de som e ar-condicionado instalados no teto do templo --o que não havia em 2007.

Um dia após o acidente, a Defesa Civil da cidade de São Paulo afirmou que a grande quantidade de aparelhos de ar-condicionado encontrados nos escombros do teto do prédio pode ser uma das causas da estrutura ter sobrecarregado e desabado.

Porém, para o delegado, ainda é cedo apontar se houve ou não negligência por parte da igreja e apontar culpados. Até o momento, foram ouvidas cerca de 35 testemunhas --incluindo vítimas do acidente.

A respeito das declarações da polícia, a igreja enviou a seguinte nota: "A Igreja Renascer em Cristo reafirma que aguardará as conclusões das investigações --neste momento, apenas iniciadas-- sobre as causas da lamentável tragédia ocorrida em sua sede mundial. E envida todos os seus esforços neste sentido."

Outro lado

A assessoria da Renascer informou ontem, por meio de nota, que "todas as manutenções foram realizadas"seguindo as recomendações do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)

Diz a nota da igreja: "O próprio IPT publicou nota esclarecendo o público e enumerando quais as recomendações necessárias para manter a segurança da obra. E nenhuma delas é complexa, difícil de cumprir. As recomendações são tranquilas, costumeiras e obviamente foram e vinham sendo cumpridas sempre da melhor forma. São vistorias simples, de limpeza, de não-sobrecarga etc. Foi numa dessas vistorias, justamente, que se verificou a necessidade de troca das telhas antigas por novas o que, aliás, comprova que a manutenção era feita. E sem essas vistorias não teria obtido as revalidações periódicas de seu alvará".

A Renascer afirma que não é irresponsável e nem colocaria fiéis em uma situação de risco evitável. "A propagação deste tipo de ideia é ofensiva e deve ser veementemente repelida", diz.

Acidente ?

O acidente(?) aconteceu por volta das 19h, num horário de transição entre dois cultos. De acordo com a Promotoria, em 1998, o prédio foi interditado pois o teto e o forro já apresentavam problemas e ofereciam riscos aos frequentadores. Nove pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas.

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