Prosseguem no mundo inteiro as manifestações de repúdio às chacinas cometidas pelas tropas israelenses em Gaza: de São Paulo a Manilha, de Sofia a Otawa, de Dublin a Nova Delhi, e em dezenas de cidades dos EUA. As principais manifestações em solo norte-americano ocorreram em Nova Iorque, Los Angeles, Chicago, Boston e San Francisco. No vizinho Canadá, o maior ato ocorreu em Montreal, reunindo 10 mil pessoas, mas também em Vancouver, Toronto e Otawa.
Na Europa, as maiores manifestações ocorreram em Londres, Roma, Paris e Atenas. Na Inglaterra, além da capital, houve atos significativos em Liverpool, Manchester, Birmingham e Newcastle. A marcha em Dublin aconteceu assim que chegou a notícia do bombardeio à escola da ONU em Gaza, saindo do centro em direção à embaixada dos EUA. Em Oslo, foi ocupada a frente da embaixada de Israel. Em Berna, Suíça os cartazes comparavam o regime israelense ao nazista.
Em Beirute, milhares se concentraram em frente ao prédio da ONU e dali caminharam até a embaixada dos EUA. Em Amã, capital da Jordânia, uma multidão a favor dos direitos dos palestinos. Contra a embaixada dos EUA em Nova Delhi, capital da Índia, sapatos, muitos sapatos. Em Istambul, milhares empunhando bandeiras palestinas e bonecos de Olmert e Bush queimados. Mais de 50 mil pessoas na capital do Marrocos, Rabat. Milhares saíram às ruas da ocupada Kabul, Afeganistão, condenando Israel, EUA e Inglaterra.
Na Nova Zelândia, manifestação entregou documento ao ministro do exterior exigindo a condenação clara do bombardeio de Gaza.
“Fim do genocídio em Gaza”, lia-se na faixa que abria o ato em apoio aos palestinos no vão do MASP, em São Paulo.
Cerca de 5 mil pessoas realizaram no início da tarde deste domingo (11) em São Paulo uma manifestação contra as ações militares de Israel na Faixa de Gaza. Os manifestantes fizeram uma passeata que partiu do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e terminou no Obelisco do Parque do Ibirapuera.
O carro de som que abria a passeata portava uma faixa com a Estrela de Davi, símbolo do judaísmo, ao lado de uma suástica nazista. Bandeiras com fotos do presidente Hugo Chávez – que expulsou o embaixador israelense Shlomo Cohen da Venezuela –, de partidos políticos, como o PCdoB, e de centrais sindicais, eram levadas pelos participantes. Faixas com pedidos de paz, “Pelo fim do massacre na faixa de Gaza”, “Cadê a ONU?”, fotos ampliadas com cenas de crianças e idosos sendo mortos por soldados israelenses, e uma enorme bandeira palestina foram carregadas. No percurso de quase 3 quilômetros, os participantes gritaram palavras de ordem contra o Estado israelense. “Estado de Israel, estado assassino, viva a resistência do povo palestino”, cantaram por vezes os manifestantes, formados em grande maioria por simpatizantes da causa palestina e, em menor número, pela comunidade árabe brasileira. “Estou participando como cidadão.
Esse ato é para manifestar a insatisfação com essa atitude do Estado de Israel, que é indigna. É um genocídio. Eu nem sei se tem alguma praticidade, já que os dirigentes do Estado de Israel não respeitam a opinião pública”, disse o manifestante mineiro Mozer Abebediu, que não tem ascendência árabe. “O que está precisando para a paz voltar é honestidade. Mas queremos justiça, paz não vem sem justiça. Tem de haver um Estado palestino, onde passam viver os muçulmanos, os cristãos e os judeus.
O Brasil serve de exemplo, porque acolhe todos os povos e aqui todo mundo vive em paz”, ressaltou o libanês naturalizado brasileiro, Jamal Mourad. A manifestação, apoiada por cerca de 100 entidades brasileiras, foi convocada pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, formado por centrais sindicais, partidos políticos (PT, PCdoB, PCB, P-SOL, PSTU), entidades civis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e diversas entidades árabes e Islâmicas brasileiras, como a União Nacional de Entidades Islâmicas, a União dos Estudantes Muçulmanos no Brasil, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, e a Sociedade Beneficente Mulçumana de São Paulo, entre outras.
. Manifestação também em Buenos Aires, diante da embaixada israelense.
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